4. Pequenos avanços...

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Haviam se passado alguns dias e Clarisse estava dormindo no sofá da Casa Grande. Tinha dormido lá porque estava cansada demais pra voltar pro chalé 5.

Os dias não tinham sido fáceis. Nem a "falsa morte" de Percy Jackson tinha a animado.

Continuava treinando, e treinava cada vez mais para qualquer batalha que fosse aparecer.

Para ela, nunca era o bastante. Mesmo ouvindo os irmãos dizendo que estava passando dos limites, e Will brigando por sempre se machucar nos treinos, ela continuava.

Aquele dia, tinha treinado até de noite. Logo pela manhã um de seus irmãos tinha recebido uma carta de sua mãe. Estavam tomando café da manhã. E isso foi o suficiente para fazer a garota lembrar de sua mãe e todo o passado conturbado com ela.

Para evitar mais uma crise, e tentar esquecer esse sentimento passou o dia treinando. Só percebeu que tinha perdido o almoço quando Silena tinha ido, com uma cara nada boa, falar com ela.

-Clarisse La Rue, pode me explicar por que não apareceu pro almoço? -Silena estava brava, odiava quando a amiga passava o dia na arena, e odiava ainda mais quando não comia.

-Eu nem percebi que não tinha ido almoçar. -falou colocando a espada e o escudo no chão. -Alguém perguntou de mim?

-Quíron perguntou se você estava doente e eu disse que não, mas ele pediu pra te falar que cuidaria do Chris hoje. -disse enquanto arrumava a bagunça que Clarisse tinha feito.

Silena nunca entenderia porque filhos de Ares não sabiam deixar os equipamentos arrumados. Era sempre uma bagunça na arena quando iam treinar.

Por outro lado, Clarisse tinha tirado sua armadura e sua camisa, que estava toda rasgada. Abriu uma garrafa de água e jogou em si mesma.

-Vai ficar doente assim. -Silena alertou olhando a amiga.

-Já tô quase indo morar na enfermaria mesmo. -disse se levantando e vestindo o resto de sua blusa.

Depois dessa breve conversa, Clarisse foi até o chalé 11 e comprou qualquer coisa para comer. Os filhos de Hermes tinham comidas bem melhores do que na loja do acampamento.

A verdade era que mal tinha se alimentado. E quando foi para a Casa Grande voltou sua atenção totalmente para Chris.

Não era burra, sabia que tinha alguma coisa acontecendo entre eles, mas não sabia exatamente o que era.

Não estava apaixonada, só estava preocupada. Era cruel demais abandonar o garoto depois de encontrá-lo naquela situação.

Enquanto isso, Quíron estava em sua sala, conversando com o mais caótico dos olimpianos: Ares.

Enquanto conversavam não podia deixar de notar a semelhança entre ele e sua filha mais velha Clarisse: ambos perdiam a paciência facilmente, e eram muito cabeça dura quando queriam.

-Lorde Ares, eu não vejo problema no senhor vir aqui, mas sabe como seu pai... -Ares o interrompe.

-Eu não me importo com o que aquele velho acha! Você sabe muito bem que eu não posso treinar meus filhos só porque ele tem medo deles virarem ameaça. -o deus levanta da cadeira e começa a andar pela sala.

-Sei que só quer ajudar mas se não parar Zeus vai descontar a raiva dele neles. -ele parou de andar após a fala do centauro. -Sabe que ele não é piedoso.

-Acha que não conheço meu próprio pai? Minha mãe estava certa, meu pai é um mimado egoísta que só se preocupa com ele. Mas não vou deixar ele encostar nos meus filhos. -Ares estava sério, e Quíron sabia que Ares não estava blefando. O deus da guerra protegia com tudo o que tinha os filhos.

"She fell for the traitor..."Onde histórias criam vida. Descubra agora