Capítulo 31

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Cauã
(Nono mês de gravidez)

A Laura não calava a boca, falava sem parar e parecia ter plena certeza no que falava, tratando tudo aquilo como algo simples, mais ainda sim, não conseguia entender nada. Como a mina ia parir quatro crianças?

- Nu, mais depois ela vai ficar arrombadassa né? - Laura riu -

- O dela vai ser cesarea. - Levantei a sobramcelha expressando dúvida e ela continuou falando - Se fosse normal, ela seria uma guerreira de parir quatro crianças, uma só já dói. - explicou - Ela com toda certeza ia sentir a xereca dela mais larga, ia até ficar pesada. E também, vai demorar pra ter relações de novo. Mas, tudo isso passa.

- Ainda bem que eu não sou mulher. - agradeci e ela riu -

- Se você fosse pra escola você saberia, ou até se pesquisse, são seus filhos carambolas.

- Quer jogar na cara? Eu não vou praquele lugar nunca mais.

- Não, foi mal. Agora podemos dormir? - Disse virando para o outro lado na cama ficando de costas pra mim -

Eram umas quatro da manhã, perdemos a noção do tempo enquanto conversávamos, as vezes acontece, a Laura é uma menina incrível, e  bagulho nenhum fica cansativo do lado dela.

Quem escolheu o nome dos menor foi eu, pelo menos uma coisa a loira não quis me privar né. Cauã Junior, Kyan, Ryan e Maria Ryllary. Os nomes são bem de pobre , ou brega, mais eu gostei.

A Laura dormiu rápido, e eu fiquei brisando sozinho num monte de fita. A situação pro meu lado tava crítica, não sabia o que ia acontecer quando os menor nascesse, a situação com a loira não tava nada boa e ainda tinha esses papo torto dela de querer vazar com minhas cria.

O celular tocou, e quando eu vi o nome da loira atendi.

Ligação on:

- Atendeu rápido. - disse do outro lado -

- Fala.

- Então, minha bolsa estourou, e eu tô aqui tomando um banho, só vou fazer meu cabelo e passar uma coisinha na cara pra ir pro hospital. Vou te mandar a localização.

- Tu tá parindo e vai fazer cabelo? - Gritei -

- Eu não tô sentindo nada ainda, tá de boa. - riu -

- Você não vai fazer o cabelo. - Gritei -

- Eu não vou parir feia. - Gritou de volta desligando o celular -

Ligação off

- Coé acorda aí. - liguei a luz do quarto e o Caio já me olhou bravo -

- O que foi Cauã meu, se tiver drogado, eu te quebro na porrada. - disse ainda de olhos fechados -

- A Maria vai parir. Levanta logo, vou chamar a mãe. - disse saindo do quarto e indo pra da minha mãe - Coé mãe, acorda aí fazendo favor. - balancei ela que arregalou os olhos, acorde na maior delicada e a veia só faltou infantar -

- O que foi menino? - perguntou assustada -

- Sai daqui moleque. - abraçou minha mãe -

- Levanta aí pai, a Maria vai parir teus neto. - balancei ele -

- Calma filho, ela ligou? - disse colocando os óculos e vendo o horário no celular -

- Sim, disse que a bolsa estourou.

- Ainda tem um tempo antes dela de fato parir. Vai se arrumar. - Disse já sentada na cama -

- Manda uma foto dos meus netos. - meu pai disse virando pro outro lado da cama -

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