Capítulo 40

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Maria Alice

A ideia me assustava um pouco, pela minha segurança e pela a dos meus filhos, mais é claro que eu também me preocupava com ele. Me perguntava com essa ideia se não estaria me arriscando demais, e se eu estou disposta a sempre me arriscar pelo Cauã.

Ele deu a ideia de passarmos a virada na praia, segundo ele, muita gente, ele só seria mais um em um milhão. Sua justificativa era de que teoricamente não devia nada a justiça, não estava sendo procurado, só investigado.

Muita gente conhece ele e sabe com que ele mexe, por que ele é o bocó, que conta da vida toda pra qualquer um. Fico paranoica com qualquer pessoa que coloca os olhos nos meus bebês.

Seu Nycollas foi quem ajeitou tudo pra gente. Passaríamos o final de semana da virada numa casa de praia dele. Ele e Paulínia ficaram pelo morro, obviamente, e Marcelo e Roberta ficaram para fazer companhia. Os irmãos de Cauã vieram, a casa estava cheia.

...

Eu tô com um pé atrás desde que a ideia foi proposta, não foi fácil pra qualquer coisa me irritar.  Alguém tinha que colocar na cabeça do Cauã que sete horas da manhã não era horário pra beber. Pelo menos no último dia do eu eu imaginava que dormiria até meio dia, mais invés disso tive que ouvir lamentações de um bêbado.

- Tá ligado né loirinha? Eu te amo pra caralho. - Desabafou pra mim, chorando enquanto fazia caras e bocas - Toda vez que tu toca em mim, ou eu toco em você, meu pau fica mais duro que pedra vida, papo reto, a situação é essa. - Segurei o riso -

- É difícil essa situação mesmo... - disse e ele chorou mais -

- Quatro anos parceira. - fez um cinco com a mão - Que eu quero fuder maneirin contigo, mais tu nem rende pra mim, tu disse que me ama né? Quando ama transa parceira, entende minha situação? Meu lado? - disse tudo embolado -

- Logo cedo e já tá ruim desse jeito Cauã. - Lavinia apareceu na sala, negando com a cabeça, enquanto seu cabelo estava bagunçado e tinha em seus braços Kyan -

- Tu não dorme não? Cachaceiro filho da puta, tem gente querendo dormir caralho.

- Vai tomar no cu, cara. Tô falando um bagulho importante aqui, abrindo meu coração. - chorou -

- Já chega Cauã, vamo pro quarto vamo, acordo você pra almoçar. - disse ajudando ele a levantar que continuou chorando e resmungando -

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