4 - louco

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A ligação retumbou no seu ouvido rapidamente e ele deu um salto de sobressalto.

Ele atendeu rapidamente mesmo se sentindo sonolento, não tinha quase acordado da noite anterior que mal tinha dormido. O quarto do lado ele ouvirá a noite toda um casal gritando -possivelmente um transa-e isso o deixou totalmente sem como dormir com tamanha barulho . Ele atendeu a ligação .

- Oi. - disse Louis

- delegado Murphy, preciso que venha na delegacia fazer uns procedimentos.

Louis suspirou

- e claro. - então Murphy desligou rapidamente. Louis queria sair daquele pesadelo que tinha se instalado na sua vida. Ele se levantou e decidiu que o melhor era tomar um banho. O problema do motel era que o chuveiro era gelado e Louis esbravejou de raiva. Então ele entrou no meio do frio.

***
A delegacia era o pior lugar que ele queria estar. Era o lugar que ele sabia que seria impossível de acreditarem em sua história. Ele se sentia tão impotente e tão encurralado diante de tudo aquilo. Ele sabia que suas chances eram poucas de provar sua versão é ele sabia os polícias estavam doidos pra jogar a culpa do incidente nas suas costas... Não faltava muito pra isso. O seu coração disparava e ele já sabia que sua crise de ansiedade vinha aí. E ele odiava. Seu corpo todo tremia com isso. Antes de entrar na delegacia ele parou. Respirou fundo.

"VAI DAR TUDO CERTO",pensou Louis!"TENHA CALMA "

Então ele entrou. A delegacia todos olhavam pra ele. Olhares de reprovação e nojo e incredulidade. Eram olhares acusativos e olhares que de certa forma nunca acreditaria na sua história. Ele era o louco e possível homicida do próprio filho. Ele então acabou vendo Murphy.

- aí está ele. - disse Murphy num tom debochado.
- porque eu vim aqui? - perguntou Louis.
- provar sua inocência. - disse ele

***

Ele fez teste de polígrafo e más perguntas. Ele odiava a forma que Murphy falava com ele e o modo que com o olhar já o tachada como o culpado daquela situação toda. Como terminou Murphy fez um tom debochado e acusativo "ainda não acabei com você ". E ele sabia que Murphy faria de tudo pra concluir sua tese e sua tese era ele na cadeia.
Saindo da delegacia uma porção de jornalistas o engoliu num mar de microfones e palavras na sua cabeça . Ele ficou encurralado e sem pra onde ir. Ele não sabia o que falar e o que dizer. Ele estava pronto de dar um grito quando um homem engravatado o segurou e puxou fora da multidão de reporters e jornalistas.

- ele não tem nada a dizer. - disse o cara o puxando pra um carro. Louis sem pestanejar entrou no carro do homem deconhecido e eles saíram de la.

- Obrigado por isso... Mas quem é você?

O homem o olhou com um sorriso grande no rosto. Ele era bonito. De terno, olhos azuis, cabelos pretos e cortados, era malhado .
- seu advogado.

***
A lanchonete parecía o lugar perfeito pra conversar com o advogado. Mesmo que Louis não queria um advogado ele sabia que as circunstâncias de ir pra cadeia por um crime que não cometeu e viver uma vida de injustiça. Henry era bonito e Louis podía perceber isso... Ele o conduziu até uma mesa perto da janela para a rua.

-eu não sei porque ainda estou aqui. - disse Louis - isso e totalmente nada a ver.

- você precisa me escutar e ver o que eu tenho pra falar. - disse o advogado.

- diga!- disse Louis impaciente
A garçonete loira de coque foi até a mesa deles.

- vam querer o que? - perguntou ela insinuante olhando o advogado que sorria.

- quero um capuccino duplo e o sr.?- perguntou o advogado referindo se a Louis.

- um café. - respondeu ele.

- pra já. - disse a garçonete voltando pra seu trabalho não antes de dar uma piscadela maliciosa pra o advogado.

- meu nome é Henry Harris. - disse o advogado. - e você está increncado.

Louis quase riu.e claro que ele sabia que estava increncado pra cacete.

- diga algo que eu não sei . - disse Louis.

- então vc percebe o que está prestes a acontecer, certo? - disse Henry - eles vam culpa lo .

- más eu sou inocente! Eu nunca tocaria no Freddie! - ele sentía que podía chorar a qualquer momento.

Henry se inclinou na mesa e o olhou nos olhos.
- eu acredito em você. De verdade. - disse Henry - e por isso que eu estou aqui pra  lhe ajudar.

- eu não quero um advogado! - disse Louis - não tenho pra quê alguém me defender!

- eu não seu dinheiro, Louis . - disse Henry - posso te chamar de Louis ?

- sim. Pode -disse Louis

- então serei bem Franco com você. Querem te incriminar pelo crime e provavel que você pegue uma pena por esse crime hediondo sendo que você foi o único que estava presente e pode ser prisão perpétua ou algo pior.

- más eu sou inocente, eles não podem, eles não tem prova. - disse Louis entre dentes indignado pelo o que estava ouvindo.

- escute Louis. - disse Henry - eu quero salvar sua vida porque entendo e sei que o que você passou e cincero e verdadeiro mais pra isso você precisa saber que eu quero ajudar e preciso que você aceite a ajuda.

Louis sabia que não tinha muita alternativa ali e ele estava totalmente ferrado.
- o que eu farei? - perguntou ele

- teremos que criar uma narrativa e mostrar que você viu algo... Más que não será exatamente essa história. - disse Henry.

- más essa é a verdade!  - disse Louis.

- más a verdade vai o colocar na cadeia. Confia em mim, Ok?- disse Henry. - e pra você alegar inocência e fugir da cadeia você terá que alegar loucura. Problemas psicológicos.

- isso eu não posso fazer!  - gritou Louis - eu não sou louco

- entenda. - tentou Henry - assim você se livraria da maldita cadeia  e conseguiria um liminar pra te internar temporariamente no hospital psiquiátrico de minha escolha que te liberaram em menos de um ano. E seu único geito. Eu sou advogado e jogo esse jogo há anos.

Louis sentia se encurralado e sem pra onde ir. Ele não sabia como sair daquilo e apenas via Henry como seu único Salvador daquele destino terrível. Ele queria chorar mas sabia que não podia, não na frente de um desconhecido.

- então...?- perguntou Henry
Louis o olhou e asentiu.

- eu aceito.

death to meOnde histórias criam vida. Descubra agora