ᴛʜʀᴇᴇ

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Acordei ao som de riptide, vance joy, e uma vibração ao meu lado. Abri meus olhos lentamente, vendo que a lua ainda se fazia presente no céu. Agarrei meu celular, vendo uma ligação de minha mãe, fiquei estática, apenas esperando o próprio aparelho desligar a ligação. Suspirei assim que o número dela sumiu de minha tela. Abri o aplicativo de mensagens, vendo algumas mensagens da mesma, e de meu pai.

Havia deixado a casa deles assim que fiz meus dezoito anos. Eu nunca soube o porquê de eles ainda estarem juntos, o amor que antes eles tinham, havia desaparecido. Não existia mais motivos deles estarem juntos, se não se amavam mais. Eu lembrava das noites de insônia, onde eu acordava ouvindo os gritos deles, e onde eu era colocada como a culpada dos acontecimentos de suas vidas. Eles pararam de falar comigo após eu sair de sua casa, a quatro anos eu não tenho nem um sinal deles. Nem um oi, nos aniversários eu nem fazia mais questão de lembrar qualquer pessoa, eram sempre a mesma coisa, as pessoas sendo falsas, e depois simples sumindo.

Parei de pensar sobre o meu passado, assim que eu vi uma mensagem aparece em minha tela. Olhei, vendo que Senju me mandava mensagem. Se tratava de foto de um gato. O gato tinha seus pelos em tom preto, com olhos azuis celestes

"Senju kawaragi – isso apareceu para mim, e eu achei parecido comigo, o que você acha?"

Não pude deixar de rir com sua pergunta. Arrumei meu corpo, começando a digitar.

"– lembra você mesmo. É fofo"

Respondi, soltando uma risada baixa apenas para eu ouvir, em pouquíssimo tempo, a mensagem foi respondida. Com uma figurinha de gatinho.

"Senju kawaragi – Você também é fofa.
Aí, podemos sair qualquer dia desses?"

Não pude deixar de corar com tal pergunta, pensei por um tempo, até responde.

"– Claro! Que dia?"

Ele começa a digitar, e eu fiquei nervosa. Eu não conseguia compreender o por que deu estar nervosa.

"Senju kawaragi – tudo bem pra você amanhã?
– Amanhã tem a inauguração da réplica da casa de Van Gogh. Você topa?"

Não pude segurar a minha emoção, me levantei em silêncio, e comecei a dançar pelo quarto. Me sentei novamente na digitando um tudo bem. Ele era ótimo puxando assuntos, ia de um "Qual seu filme favorito?" a "qual o tamanho do seu pé?"

"Senju kawaragi – Qual sua pintura favorita?"

Fiquei um tempo pensando, e diversas artes apareceram em minha mente, porém, nenhuma que fosse a minha favorita.

"- Eu não sei
diversas artes vem em minha mente, mas eu não consigo pensar em nenhuma que seja minha favorita, e a sua?"

Esperei ele terminar de digitar, e sua resposta me deixou um pouco surpresa.

"Senju kawaragi – A noite estrelada.
– Para mim, van gogh retratou a perfeição, e em parte o amor.
– isso é meio meloso, mais é romântico 'pra mim".

Fiquei um tempo estática, relendo a sua resposta.

"– Uau.
– Poético, poético."

Ficamos por horas conversando, até eu dizer que tinha que dormir. Fui dormir com um sentimento desconhecido dentro de mim.

[...]

Acordei com um peso contra o meu, me fazendo acordar assustada. Olhei para o meu lado, vendo Oli me olhando com um olhar malicioso.

'Que foi? – Curvei o meu corpo, para conseguir ver melhor seu rosto. Cocei meus olhos, piscando algumas vezes meus olhos, para me acostumar com o brilho do sol.

– Você vai em um encontro. – Me cutucou algumas vezes, fazendo eu bater em sua mão que me tocava. Me levantei, andando até o banheiro, e sendo seguida pela menor. – Não fuja do assunto.

– Não estou fugindo de nada, estou apenas escovando os dentes. E como você sabe? – Peguei a escova de dentes, observando ela se sentar na borda da banheira.

– Quando eu fui te acordar, chegou notificação 'pra você, e eu sabe... dei uma olhadinha. Foi dormir as três da manhã? Jamais imaginei que VOCÊ faria algo assim. – Exaltou o "você", me fazendo revirar os olhos, e virar a minha atenção para o espelho do banheiro.

Escovei meus dentes, ouvindo ela falar sobre assuntos aleatórios

– Ae, você pode fazer um favor? – Balancei a cabeça, limpando o resto de pasta de dente que restava em meu rosto. – Você pode pintar meu cabelo? Já que ele 'tá com a raiz grande, 'to pesando em pintar de roxo, o que você acha? – Me aproximei dela, tocando nas mechas de seus cabelos

– Roxo escuro vai pigmentar bem, e combina com você. Vamos logo, só espera um minuto. – Andei até a cama, pegando meu celular, vendo que marcava dez horas. Abri nas conversas, entrando no contato de Senju, e enviando a seguinte mensagem:

"– Oi, Bom dia.
– Eu esqueci de perguntar que horas eu posso te encontrar hahahaha."

Eu iria volta para o banheiro, até que o aparelho em minhas mãos vibrou.

"Senju kawaragi – Oi oi
–bbom dia
–Pode ser as quatro?

– Claro

Tem medo de andar de moto?"

Olhei com dúvida no olhar para o aparelho, e respondi que não

"Senju kawaragi – Ótimo, depois me passa seu endereço, vou te buscar.
Tchau tchau [Nome], até mais tarde."

Sorri para aquilo.

– 'Tá sorrindo pra que? – Me assustei quando uma presença chegou ao meu lado, olhei vendo Oli me olhar novamente com o seu sorriso malicioso. Revirei os olhos, pegando a tinta roxa que tinha em suas mãos.

– Vamos logo, antes que eu desista. – Andei até a sacada que tinha no quarto, abrindo ela, é puxando uma cadeira.

A vista do local era magnífica, dava para ter uma belíssima vista do local. O sol da manhã era lindo, em seus tons radiantes, e o céu azulado. Puxei a cadeira que tinha no canto direito, vendo ela se aproximar, seus cabelos antes secos, agora estavam molhados, e com uma toalha redor do seu pescoço, e com um pote em suas mãos, e um pincel. Eu abri a pequena caixa, retirando o tubo de tinta, e colocando as luvas em minhas mãos.

Despejei o creme roxo no pote, mexi um pouco, antes de pegar uma pequena mecha de seu cabelo, é passar sobre o mesmo.

[...]

– Tchau, Oli. – Me despedi da recém arroxeada, fechando a porta de seu carro, e andando até minha casa.

Abri a porta, passando meus sapatos contra o carpete, deixando a minha chinela ao lado da porta. Andei ate as escadas, subindo em direção ao meu quarto. Já marcava três e meia. Já estava de banho tomado, iria apenas trocar de roupa.

Abri o guarda roupa, pegando um short jeans de cintura alta, uma camiseta listrada com as cores, preto, vermelho, e branco, e um cinto preto. Juntamente com um par de meias brancas. Onde eu peguei o par de all star vermelhos, e começando a me vestir.

Terminei de trocar de roupa, me deitando na cama, e esperando marcar quatro horas. Enviei o endereço para Senju.

Quando o horário chegou, escutei o barulho da campainha. Andei até o andar superior, dando de encontro com o platinado.

Era possível ver a camiseta de gola branca que ele usava por baixo de um moletom azul, uma calça preta, com alguns rasgos na parte do joelho, e um air force branco.
Ele olhou para mim com um sorriso em seus lábios, fechei a porta da casa, ficando ao seu lado. Logo, ele começou a falar.

– Vamos?
























Esse Cap ficou HORRÍVEL, eu odiei, meu Deus, me sinto uma merda.

Vão ler a fic nova do Shinichiro.

sᴛᴀʀʀʏ ɴɪɢʜᴛ, 𝐒𝐞𝐧𝐣𝐮 𝐤𝐚𝐰𝐚𝐫𝐚𝐠𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora