Os olhos de Alucard estão fixos na mini Integra a sua frente, pois a menina mais parece um clone de sua mestra do que qualquer outra coisa, não tem nada do pai. A pele, os olhos, o cabelo...! Tudo ali, naquela criança é a Integra, sem tirar nem por, a criança não nega ser filha de sua mestra.
Seus olhos vermelhos passam da filha para a mãe, ainda perplexo pelo que acaba de descobrir. Sua mestra não serve para isso, não serve para estar casada com aquele idiota e com este clone como filha.
― Então esta é a resposta, Integra? – questiona o vampiro – Você se casou com aquele idiota para gerar este clone?
A menina o encara com os pequenos olhos azuis arregalados de espanto pela cena que seus olhos veem. Sua mãe, com a mão estendida para esta criatura que parece saborear seu precioso sangue. Seu semblante é de puro terror, demonstrando todo o nojo que ela está tendo desta cena aterradora.
― Mamãe...! – diz a menina – O que é isso...? O que está acontecendo...?
Os olhos de Integra se voltam para sua filha, e ela volta a colocar a luva, deixando o vampiro de lado.
― Isabelle. – diz a Hellsing – O que faz aqui?
― Não vi você lá embaixo e vim ver onde estava, mamãe. E o que é isso? Um vampiro? Não é a senhora que vive me dizendo que vampiros são inimigos?
Alucard não deixa de dar uma gargalhada tétrica ao ouvir as palavras da menina, que tem uma voz doce e angelical, ao contrário da voz de Integra, sempre forte e obstinada, neste aspecto, percebe que mãe e filha são bastante diferentes.
― Vampiros são inimigos. – responde Integra para a filha, com toda a sua autoridade – Porém este aqui é bem domesticado, e serve a nossa família por mais de cem anos, Isabelle.
A menina encara Alucard com a cara fechada, obviamente, sem gostar nem um pouco da presença do vampiro ali, no quarto de sua mãe. Um lugar que ela considera sagrado, que só pertence à mãe e ao pai. Além do mais, esta criatura tem um olhar e um jeito que a assusta, de uma forma que ela não entende...! Desde que se conhece por ser humano, sua mãe lhe ensonou que vampiros são seres horríveis, inimigos mortais dos Hellsing, demônios devoradores de sangue que transformam vítimas não puras em Ghous, zumbis que não possuem inteligência e que obedecem apenas ao vampiro original.
Sua mãe lhe ensinara que durante mais de cem anos, a Ordem Real dos Cavaleiros Protestantes combatem estas aberrações dos infernos, e agora, sua bela mãe está ali, dando seu próprio sangue para um vampiro, um inimigo, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Não consegue conceber uma coisa dessas.
― Parece que sua filha não gosta de mim, minha mestra. – sentencia Alucard, sem deixar seu sorriso irônico de lado – Nem preciso me dar ao trabalho de ler a mente dela, está tudo ali, nos olhos do seu clone em miniatura.
― E por que eu deveria gostar de um monstro como você? – questiona a menina de forma arrogante e colocando as mãos na cintura – Vampiros são inimigos! Você é inimigo! E eu não te quero aqui!
― Já chega, Isabelle! – Integra repreende a filha – Eu não admito que você fale deste jeito! Alucard é o meu vampiro! E eu sou sua mãe! Você é uma Hellsing e terá de se acostumar à presença de Alucard nesta casa a partir de agora! E além do mais, ele não é o primeiro vampiro que você conhece e que está do nosso lado.
― Mas este é diferente, mamãe! – a pequena Hellsing tenta questionar.
― Eu disse que já chega, Isabelle! – Integra coloca um fim as argumentações da filha – Um dia você será a líder da nossa família, e então será a mestra de Alucard em meu lugar.
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Festim de Sague
Fanfic[Trilogia Festim de Sangue - Livro I] Trinta anos após o fim da guerra nazista, Alucard está de volta. Mas, sua mestra já não é mais a mesma de outrora. Um casamento de fachada e um segredo guardado a sete chaves por Integra fazem com que o vampiro...