Capítulo 18

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Já sabem, né? Comentem muito!!!

- Bruno Narrando -

Eu tive um plantão de 24 horas e quando acabou fui direto pra casa, aproveitei pra dormir a tarde inteira e início da noite fui pra casa dos meus pais, fiquei um pouco por lá e depois resolvi dar uma passada na casa da Beatriz.

- Tá sozinha? - perguntei entrando

- Rafael tá lá em cima e os meus pais tão no mercado - falou me olhando

- Tá dando "oi" agora - apontei pra barriga dela, ela estava usando uma blusa mais justa e marcava bem a barriga

- De lado aparece mais - falou ficando de lado e eu vi era que era verdade, desse jeito a barriga ficava bem maior

- Como você está? - perguntei curioso

- Com algumas tonturas mas a médica disse que é normal nessa fase - contou - Ah, é uma batata doce

- O que? - perguntei confuso

- Está do tamanho de uma batata doce - apontou pra própria barriga

- O bebê? - perguntei e ela confirmou com a cabeça - E e isso é bom?

- Diz a médica que está na medida certa - falou dando de ombros e eu me lembrei do que vim fazer aqui

- Eu só vim trazer isso - falei entregando o folheto na mão dela

- Que isso? - perguntou confusa

- Uma amiga da minha mãe é assistente social - comecei a falar - Ela me indicou esse orfanato

- Ah, ta - falou baixo e começou a olhar o folheto - Não precisava, Bruno

- Só quis ajudar - falei e ela sorriu de lado me olhando

- Eu vou ficar com a criança - falou e eu arregalei levemente os olhos - Não faço ideia de como vai ser, quer dizer eu sei que vai ser difícil mas essa foi a minha decisão

- Caramba - falei baixo

- Que foi? - perguntou me olhando

- Nada, eu só estou surpreso - falei e ela se sentou no sofá, apontou pro mesmo e eu me sentei também - Eu tô te achando muito corajosa, sabia?

- Eu tô me achando louca, sabia? - falou e eu ri fraco

- Um pouco também - concordei

- Espero não me arrepender - falou baixo

- Não sei se é verdade mas falam muito que só com um sorriso do filho os pais esquecem das dores, dificuldades - falei dando uma pausa - É como se no final tudo valesse a pena

- Talvez seja verdade - falou pensativa

- Antes de tudo você pensava em filhos? - perguntei curioso

- Mais ou menos - deu de ombros - Não era o meu sonho, nunca fui do tipo que desde nova falava "quando eu tiver um filho.."

- Mas você acha que teria? - perguntei e ela pareceu pensativa

- Acabaria tendo - falou e eu riu baixo - É bizarro pensar nisso

- Por que? - perguntei e ele se ajeitou no sofá

- Eu tenho 17 anos, Bruno, o máximo de planos que eu fazia era viajar com meus amigos - falou simples - Fazer faculdade, achar um trabalho legal e só aproveitar a vida

- Coisas que adolescentes devem fazer e se preocupar - concluí

- Exatamente - confirmou - Agora eu fico pesquisando sobre fraldas e produção independente

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