Bônus I

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- Beatriz Narrando -

18 anos se passaram e eu posso dizer que continuo na mesma felicidade, minha família está ótima e eu posso dizer que sou completamente realizada tanto na minha vida pessoal quanto profissional, quando a pandemiaa se encerrou o Bruno conseguiu se afastar da delegacia e moramos por 3 meses em Londres para eu fazer o curso que eu tanto queria. Há 10 anos eu consegui montar a minha própria marca depois de anos trabalhando em um ateliê de alta costura. Meu irmão se casou três anos depois do nascimento do Caio, ele conheceu a minha cunhada no último ano da faculdade e formaram uma linda família com um casal de filhos, Arthur e Malu, meus sobrinhos lindos. Victor e Nathália estão ficando doidos com Murilo e Gabriel, os gêmeos foram terríveis na infância junto com os meus filhos e na adolescência junto com os primos aprontam bastante também. Há 3 anos o Bruno se aposentou, trabalhou mais 5 anos como delegado e nos últimos 10 atuou como juíz, caminho que o Victor também seguiu. Quando eles se aposentaram montaram uma empresa que forma seguranças, ministra aulas pra policiais e agentes. Os meninos? Estão lindos e cada vez mais me deixando louca. O Lucca está a cópia do meu irmão quando era mais novo, o Caio é a cópia do Bruno e eu perdi a conta de quantas meninas pensaram que seriam minha nora em definitivo mas sempre que estava ficando sério eles davam um jeito de terminar tudo.

- O que você está dizendo, Lucca? - perguntei incrédula

- Foi isso, mãe - falou e eu tive vontade de esganar ele mas o Bruno e o Caio me seguraram

- Foi isso? Você vem me dizer que vai ser pai e me dizer foi isso, mãe? - me levantei e coloquei a mão na cabeça - Eu e o seu pai mostramos o que era camisinha, sempre fomos abertos e você me apronta essa? - bati no braço dele

- Ai, mãe! Para com isso - falou tentando desviar dos tapas e senti o Bruno me puxar

- Amor, relaxa! - Bruno falou calmo - Vamos conversar e entender isso - terminou de falar e eu escutei a risada do Caio

- Cala a boca você também - falei me estressando e ele ficou quieto na hora

- Mãe, eu vacilei mas - começou mas eu não consegui ficar quieta

- Lucca, vacilo seu é deixar a porra da toalha molhada na cama e não ser pai - falei alto - E se invés de um filho fosse uma doença?

- Porra, mãe! Já foi e outra você não pode me julgar, né? Você foi mãe cedo - falou aumentando a voz

- Abaixa a bola, caralho! Tá falando com coleguinha não porra - Bruno falou alto e ficamos quieto

- Se acalma todo mundo, não vai adiantar nada isso - escutei o Caio falar e logo estava na nossa frente

- Mãe, eu errei mas poxa eu só quero seu apoio - falou me olhando

- Esse filho é seu mesmo? - perguntei séria

- Não sei, vou fazer exame de DNA - explicou e eu respirei fundo

- Eu mesma vou marcar esse exame - falei séria

- Desculpa por ter jogado na cara a gravidez - falou e eu ri fraco

- Eu não engravidei de você porque eu quis - falei baixo

- E nem eu engravidei ela por querer - falou como se fosse óbvio e o Bruno me olhou

- Bia - Bruno alertou e eu neguei com a cabeça

- Você não entendeu, Lucca - falei me sentando, passei a mão no cabelo e comecei a contar toda história, devo confessar que inúmeras vezes eu ensaiei quando esse momento chegaria, se algo faria o Lucca desconfiar e teríamos que contar, mas isso nunca aconteceu e agora eu acredito que seja o momento certo de contar, além de que é a vida dele, quando terminei de falar os dois ficaram me encarando incrédulos

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