Capítulo 25

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- Beatriz Narrando -

Alguns dias tinham se passado desde que o Bruno saiu do hospital, ele foi pra casa dos pais e obviamente eu não fui lá mas falava com ele todos os dias pelo celular e isso ajudava pois eu sentia falta dele e estava até surpresa por isso. Hoje era pra ser mais um dia que passaria deitada embaixo das cobertas aproveitando o ar condicionado do meu quarto mas o meu grande amigo Marcos decidiu vir aqui pra casa e me carregar pra caminhar pela praia.

- Vai pra onde? - perguntou assim que eu entrei na sala

- Ficou louco? - perguntei rindo - Dar uma volta na praia com você

- Assim? - apontou pra mim - Tá um sol do caralho, você vai dar três passos e vai desmaiar dentro desse moletom

- Para de exagero - resmunguei mas ele nem ligou e cruzou os braços

- Bia, coloca uma legging e uma blusa de manga curta - falou e eu revirei os olhos

- Fica marcando - reclamei

- Coloca o casaco na cintura - opinou e eu fiquei pensativa - Vai lá

- Ta bom - suspirei e subi novamente

Eu realmente troquei de roupa igual ele sugeriu e só assim fomos para a praia, o sol estava forte e por milagre não tinha tantas pessoas, caminhamos por uns 30 minutos mas o cansaço me pegou e nos sentamos na areia.

- Cadê o meu sorvete? - perguntei assim que ele voltou e me entregou um coco

- Vamos ser saudáveis hoje - se sentou ao meu lado

- Não gostei - falei e suguei o canudo

- É o que te resta e - estava falando mas ficou quieto - Uau

- O que foi? - perguntei confusa e ele me cutucou apontando

- Olha pra frente - falou baixo e eu logo vi um surfista se preparando pra entrar no mar - Como você diz? Coisa bonita, coisa bem feita

- Ridículo - falei rindo - Muito assanhado

- Ah, fui eu que surtei vendo o Damon em The Vampires sem camisa - implicou

- É diferente - me defendi

- Diferente? Olha esse homem, garota - falou e eu bebi mais um pouco da água

- Não vejo graça - falei sincera

- Vê graça no delegado, né? Mas tudo bem ele é muito bem feito também, aliás parece que foi feito sob medida - falou malicioso e eu ri baixo - Acho que sob a sua medida

- Não vejo graça também - admiti e ele me olhou com os olhos arregalados

- Como não? - perguntou chocado - Ele é lindo, parece ser durão e fofo ao mesmo tempo

- É bonito sim - concordei - O problema é que eu não consigo sentir nada, não é por ele e sim por qualquer homem em geral

- Entendi - falou pensativo - Mas não é cega, né, irmã?

- Não - falei e ele se virou pra me olhar

- Já conferiu o tanquinho? - perguntou baixo

- Nunca vi ele sem camisa - contei - Não sei se tem tanquinho

- Duvido que não tenha - debochou - Olha deve da pra praticar a tabuada naquele tanquinho de tanto gominhos que deve ter ali

- Será? - falei pensativa

- Aposto que sim - confirmou - Temos que descobrir

- Não inventa - falei rindo - E nem tem como também

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