Mansão Beneviento..

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Pov Karen ]

Depois de correr por vários kilometros sinto que finalmente posso parar.
Olho para trás e não vejo nada. O sol já nascia e eu conseguia enxergar o caminho à minha frente.
Me lembro que S/N havia se separado de nós quando aquelas criaturas nós atacaram.

Afinal, o que eram aquelas coisas????

" Espero que ela esteja bem!"

Um dos guias tentou atirar quando avançaram sobre nós, mas foi como se nada tivesse os atingido, eles arrancaram sua jugular em uma mordida!!

Nunca mais aquela cena vai sair da minha cabeça.

Sabe-se lá Deus como eu consegui escapar.
Corremos como se nossas vidas dependessem disso.. e dependiam.

Mas os pobres não tiveram a mesma sorte que eu. Loveanu se perdeu do grupo também.
Como ele está? Espero que bem também.
O choro quis brotar mas eu não podia parar de andar. Não fazia idéia se ainda estavam atrás de mim.

Decido seguir em frente quando saindo do meio da mata vejo uma mansão.

" Tomara que tenha alguém e que a pessoa não se assuste com o meu estado!"

Estava completamente destruída, estava suja e com alguns ferimentos e hematomas, mas nada grave.
Passo pelo portão que não se encontrava trancado e ando em direção a porta.
Bato algumas vezes e ninguém atende, resolvo bater novamente, e novamente sem resposta.
Quando já estava desistindo e me virando para ir embora, a porta se abre e dela aparece uma mulher vestida com um longo vestido preto. Seu rosto estava coberto por um véu que impossibilitava ver seu rosto.

Ela abriu a porta e se assustou com a cena, mas não falou nada, ficou parada como se esperasse eu me pronunciar.

"- B-bom dia. Me desculpe incomodar, mas eu preciso de ajuda. Eu e meus amigos, nós fomos atacados na floresta por coisas que não faço idéia do que são. Se tiver um telefone ou algo que eu possa usar pra tentar contato com alguma cidade vizinha."

Ela continuou parada à porta me observando.

"- Eerr, meu nome é Karen. Karen Ribeiro."- estendi a mão para cumprimentá-la, mas ela não retribuiu o cumprimento.

"- B-bom, me desculpe incomodar. Vou deixá-la em paz."- disse me virando para ir embora quando ela respondeu.

"- Donna."

Me virei para ela com uma interrogação estampada em minha testa.

"- Donna Beneviento."- disse abrindo a porta me dando passagem. Entrei e a segui até a sala.

Via inúmeras bonecas espalhadas pela casa. Chão, em cima dos móveis. Era como se elas me observassem.

" Que bizarrice!!!"- arrepiei.

"- Sente-se, está muito ferida?"

"- Eu não, mas acho que meus amigos..."- desabei.

"- Eu lamento muito."- colocou a mão em meu ombro me consolando. "- Vou pegar um pouco de água e alguns curativos para os seus ferimentos.

"- Obrigada Donna."- Enxuguei minhas Lágrimas.

"- Não há de quê, querida."- disse saindo da sala.

Ela era estranha.
Porquê tinha tantas bonecas?
E porque usava aquele véu??

Havia uma boneca sentada no sofá ao meu lado. Estava vestida de noiva, tinha a cabeça trincada e algo que parecia ser um terceiro olho que também parecia me encarar.

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