Selar

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9-
Posso

Tsukishima Narrando:

Assim que entremos dentro do cinema sentimos o ar quente que logo nos fez arrepiar. Que delícia!
Ar condicionado é a melhor coisa já criada pelos humanos.

- Vou pegar pipoca! - Ele falou e foi correndo para "lanchonete".
Em uma seguida rápida para ir junto a ele perguntei;
- Que tipo de pipoca vai querer?- Indaguei.
- Doce! - Ele sorria como uma criança, era muito fofo.
Todos os seres humanos do mundo deverás ter o prazer de olhara sorrir, era a melhor sensação do mundo.

- Vamos querer uma pipoca grande, doce.- Falei e o moço foi prepara-la.
-  Eu já volto, vou pegar os refris e os ingressos.- Falei normalmente.
- Ok. Já vou com você! - Ele disse e sorriu.

Comprei os refrigerantes e me dirigi para comprar os ingressos, era meio chato de certa forma ter que comprar tudo ali, gostaria de apenas entrar e assistir. Mas isso também era preguiça.

- 2 ingressos, por favor.- Falei na cabine do filme que veríamos.
- Obrigada.- Ela falou me entregando os ingressos.- Basta estrar na porta da direita e entregar para a pessoa que vai estar com um crachá como o meu, logo na porta.- Concluí.
- Ok, obrigado.- Completei.

Escutei o barulho de uns passos atrás de mim.
- Vamos?- Yamaguchi perguntou sorrindo e com o canto da boca suja de corante verde.
Pelo menos ele tentou me esperar para comer, mas quem sabe não tenha conseguido.
- Vamos.- Respondi.
Entremos e entregamos os ingressos, a sala já estava escura, faltava pouco para o filme começar.
Yamaguchi tropeçou na minha frente, como um reflexo mas rápido que minha própria respiração eu o segurei. Eu realmente não tirava meus olhos dele.
Ele riu baixo para não atrapalhar as pessoas.
- Quase perdemos a pipoca.- Falou baixo.
- Eu não me importo com a pipoca, você é mais importante. Está bem?- Falei preocupado.
- Fico feliz. Estou bem! - Ele disse e pegou na minha mão. Estávamos seguros.

Nos sentamos em cadeiras bem do meio. Mas não éramos o centro das atenções daquele lugar.
O filme enfim começou a passar, era de ficção de aventura e romance. Sobre uma princesa que em suas "horas vagas", se aventurava com disfarce de soldada em meio a uma guerra que ocorria a anos.

Logo no meio do filme, levantamos em um tom baixo uma pequena conversa.
- Você gostou do casal? Eu não.- Yamaguchi disse emburrado colocando pipocas na boca.
- Por quê?- Perguntei.
- Ela é muito amável, amigável, uma pessoa muito boa, além de ser muito forte e sabia. Ele é noivo dela, mesmo que eles não sintam nada um pelo outro é estejam apenas sendo obrigados a se casarem. Ele a trai com um monte de outras mulheres, além de ser muito rude com ela. Esse casal não pode ser bom.- Ele disse e colocou mais pipocas, seguidas de um gole nervoso de refrigerante.

Quando bravo seria bom mimá-lo com comidas, no futuro isso será útil.
- Eles são o casal? Para mim... Eu pensei que era o jardineiro que a ajuda a fugir, leva flores para ela. Além de que foi ele quem pegou o uniforme de soldada para ela.- Falei olhando para ele.
Ele sorriu.
- É verdade, espero que eles fiquem juntos. Eu gosto deles.- Ele disse sorrindo.

Peguei em sua mão e ele retribuiu o toque.

Quase no final do filme, o silêncio que se estendeu por todos os cantos daquela sala, apenas abria um pequeno barulho de repreensão de lágrimas, Yamaguchi também chorava, eu apenas senti vontade de chorar quando o vi chorar.
A protagonista tão forte e corajosa, acabou por dar sua vida a fim de uma guerra criada por pessoas egoístas. Em sua lembrança, o jardineiro que agora declarava seu amor a ela com um lindo jardim em sua lembrança, com suas flores favoritas, tons favoritos, cheiros e arbustos favoritos. Tudo isso em sua lembrança... Para a lembrança de seus dias sorrindo quando a ajudava a fugir. Em lembrança do amor e coração acelerado que sentiam sempre que suas faces se aproximavam pelo destino e pelos abraços calorosos.

•Seu Silêncio - Tsukishima&Yamaguchi•Onde histórias criam vida. Descubra agora