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No fim de tarde, hoseok teve que ir para casa, porém prometeu a yoongi que voltaria de noite. Sua rotina era essa nos finais de semana. Ir para casa de yoongi, ficar até fim de tarde, voltar pra casa, fazer algumas coisas, voltar pra casa de yoongi, talvez dormir lá ou dormir em sua própria casa.

E aquele dia não seria diferente, ele queria conhecer mais de namjoon e seokjin. Estava deitado na sua cama vendo o seu twitter quando viu que yoongi seguia uma garota e havia comentado em seu post. Hoseok como um detetive, começou a stalkear a menina, depois de um tempo vasculhando, percebeu que yoongi passou a segui-lo, entrou em desespero, pois yoongi veria tudo que havia falado sobre ele. Seu celular vibrou mostrando pela barra de notificação, uma ligação de yoongi, atendeu desesperado.

— oi, hoseok — disse yoongi animado.

— oi, anjo — disse sorrindo.

— então — disse fino.

— lá vem, o que houve?

— eu estava pensando, e se você dormisse aqui hoje? Sabe, pra gente dormir junto e tudo mais, eu e você, agarradinhos, essas coisas assim.

— quem é você? Você não é o meu yoongi que não gosta de grude e não tem coragem de me abraçar — disse rindo e pode ouvir um suspirar de yoongi — aconteceu alguma coisa não foi?

— sim — assentiu mesmo que hoseok não pudesse ver — namjoon disse que meu pai procurou por mim na biblioteca, dois meses depois que eu saí da cidade, ele disse que meu pai tentou bater neles, mas Seokjin chamou a polícia depois que namjoon socou ele.

— você quer que eu vá aí pra gente conversar melhor? — perguntou, sabia que yoongi ficava sensível quando o assunto era sua família.

— quero — suspirou triste.

— estou indo aí.

Desligou o celular logo pegando uma mochila com seu carregador, computador e sua bolsa de missangas, talvez isso fosse anima-lo. Pegou sua pelúcia, sabia que yoongi adorava ela por ter o cheiro de hoseok e ser peludinho. Calçou seus sapatos e logo saiu do quarto indo em direção a saída, porém seu pai o fez parar.

— onde vai? — perguntou o homem sério, ele tinha seu olhar fixo no computador.

— e isso te importa? — encarou seu pai que o olhou com raiva.

— onde meu filho vai me importa — disse sério.

— quem está aqui? Alguma das suas parcerias idiotas que me fazem ter que me casar com alguém?

— hoseok, deixe de ser idiota, apenas me diga onde está indo.

— isso não é da sua conta, não finja que se importa comigo quando me deixa sem alimentos por um mês — disse dando as costas para ele.

— faço isso pro seu bem, pra ver se você vira homem de verdade — esbravou irritado.

— quando vai entender que não sou mais aquele garoto idiota de 14 anos que só pensava em fuder e bater punheta? Quando vai entender que não sou mais filho, deixei de ser desde o momento que você me espancou naquela noite, naquele mesmo dia que você disse me odiar, que você cuspiou todas as suas palavras de ódio em mim, a mesma noite em que você traiu a mamãe com uma puta de esquina, e enquanto me chutava, ela assistia bebendo vinho, deixei de ser filho de vocês dois a partir daquele dia — hoseok disse irritado, deixou uma lágrima solitária escorrer — quer me colocar pra fora de casa, me ponha, mas saiba que fazendo isso, eu posso derrubar o seu rei com um passe da minha rainha.

Saiu batendo a porta forte. Odiava seu pai, e aquilo era fato, apenas morava no mesmo teto por ser obrigado, não tinha para onde ir, não tinha um trabalho fixo, seu pai também não o deixava morar sozinho, ele tinha que morar as custas dele pois segundo ele, se hoseok morasse com ele, seria melhor para caso um dia ele se casa-se com uma das cinquenta mulheres que ele leva em todo jantar de negócios.

o filho do sindico [ concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora