Predestinados - Tom Riddle

Testando Limites - Capitulo 17

Lilith Hastings

Passei o resto da noite em claro, sem saber o que fazer, a conversa com Grindelwald não foi nada esclarecedora e muito menos agradável.

Ouvir a conversa de Tom Riddle com seus lacaios também não me serviu de nada a não ser de me fazer testemunha de um crime terrível.

Preciso entregá-lo para Dumbledore, mas não sei como fazê-lo, não tenho nenhuma prova e minhas palavras não servirão de nada, se eu ao menos soubesse onde fica a droga dessa câmara.

Deslizo meus olhos sobre a sala, analisando cada aluno presente na aula de transfiguração, suas expressões denunciavam o enorme tédio que sentiam, talvez se soubessem que estão compartilhando a mesma sala que um assassino, não se sentiriam tão entediados assim. Tom Riddle sentado ao lado de seu menos insuportável companheiro, Lestrange.

Olho para Emily que está sentada ao meu lado, seus olhos estão pra baixo sustentando seu semblante triste enquanto observa suas mãos brincarem com a sua pena, sinto minha raiva pelo Riddle aumentar dentro de mim quando lembro que ele é o responsável por isso, não há nada neste mundo que supere a minha vontade de acerta-lo no meio rosto agora.

Ele está louco se acha que me aliarei a ele, principalmente por uma causa ridícula e sem fundamento algum, nunca me esquecerei das horríveis palavras que ouvi ontem, rindo da morte de Murta sem remorso algum, planejando mais e mais assassinatos com a desculpa de limpar o mundo bruxo apenas para continuar com esta merda de pureza de sangue. Tom é sem dúvidas a pior pessoa que eu já conheci.

Finalmente o sinal bate, indicando o fim da aula, sigo sozinha para a torre de astronomia, Emily disse que ia para a biblioteca fazer umas lições que estavam atrasadas, provavelmente uma desculpa para ficar sozinha já que recusou a minha ajuda quando a ofereci.

Me sento no banco feito de madeira e fico observando a bela vista do entardecer na esperança de que meus pensamentos vão se dispersar e sumir, me deixando finalmente em paz.

Mas é claro que esse momento de tranquilidade não poderia durar muito, não quando se está em Hogwarts e não quando sou eu.

Me assusto ao ver Aidan se sentar ao meu lado, sem dúvidas era a pessoa que eu menos esperava ver ao meu lado agora.

Permaneço sentada com a minha vista fixa em algum ponto qualquer à minha frente.

"Está sempre será a minha vista preferida, é tudo tão lindo, não concorda?" Perguntou sem olhar pra mim

"Sim" respondo seca.

"Ainda está magoada?"

"Mentiria se dissesse que não"

"Não seja tão melodramática, não haja como se tivesse vivido um amor épico" riu

"Por que está agindo tão diferente? O que foi que mudou em você?" Pergunto tentando entender seu estranho comportamento.

"Talvez eu tenha percebido que eu mereça mais do que uma garota problemática que tem problemas com o papai e que tem pesadelos com um psicopata" o encarei, sentindo a raiva crescer dentro de mim, seu semblante estava sério, seus olhos possuíam uma coloração estranha, um pouco acizentada, talvez fosse apenas efeito da luz do sol.

"Não sei como me deixei enganar por você" revirei os olhos tentando manter a calma.

"Simples, ignorou meus defeitos por estar cega de ciúmes de Walburga"

"Não é pra tanto, mas de qualquer forma, no final eu estava certa, sempre foi ela, não? Mesmo antes de ficarmos juntos você sempre se sentiu atraído por ela"