Livre arbítrio- Capítulo 26

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Lilith Hastings



Acordo cedo no outro dia, minha cabeça parecia que iria explodir, ontem a enfermeira disse que eu poderia voltar para o meu dormitório quando acordasse, finalmente.

Não recebi nenhuma visita ontem além de meu pai e Riddle, espero que Emily esteja bem.

Troco de roupa e caminho para fora da enfermaria, os corredores estavam vazios, todos estavam em aula.

Chego em meu dormitório que estava exatamente como deixei, a cama de Emily parecia estar intocada.

Tomo um banho demorado e visto o uniforme, Dumbledore disse que queria falar comigo depois que eu me recuperasse.

Não demora muito para que eu chegue em seu escritório, vazio.

Observo as estantes e paro em frente à o que eu julgo ser uma pia com água.

"É uma penseira" diz Dumbledore descendo as escadas.

"Nunca tinha visto uma pessoalmente" Digo observando-a

"São objetos incríveis mas que podem aprisionar uma alma eternamente"

"As vezes viver no passado é mais fácil que seguir para o futuro"

"Seguir para o futuro é necessário para que cumpra sua jornada, independente de qual seja" sentou-se em sua mesa e fez um gesto para que eu me sentasse na cadeira a sua frente.

"Por que me chamou aqui?" Pergunto após me sentar.

"Chá?" Fiz que não com a cabeça "Riddle me contou tudo" disse servindo-se de chá.

"Não o culpe por desobedecer suas ordens, eu teria feito o mesmo"

"E você fez" se recostou "te disse para que ficasse no castelo, você desobedeceu e levou Riddle com você para uma missão suicida"

"Se fosse mesmo suicida, não teríamos voltado"

"Senhorita Hastings, eu sinto muito pelo o que aconteceu a você, se eu puder fazer algo para ajudá-la, por favor me diga"

"Não preciso da sua pena, não há nada que possa fazer, Grindelwald está preso, já fez o suficiente" digo me levantando para me retirar.

"Espere, preciso que saiba..." encaro seu rosto "enquanto eu me ocupava com o ensino de jovens bruxos. Grindelwald estava reunindo um exército. Diziam que tinha medo de mim, e talvez fosse verdade, mas teria menos do que eu tinha dele... eu temia a verdade. Entende, eu nunca soube qual de nós, naquela última luta horrenda, havia realmente lançado o feitiço que matara minha irmã... acho que ele sabia disso, acho que sabia o que me apavorava. Adiei o confronto com ele até que finalmente fosse demasiado vergonhoso resistir por mais tempo. As pessoas estavam morrendo, e ele parecia irrefreável, e tive que fazer o que pude." Observo por um tempo antes de responder.

"Sinto muito por sua irmã" foram as únicas palavras que consegui dizer.

"Gostaria de não ter me apegado ao medo, assim, você não precisaria ter passado por isso, desculpe por ter adiado tanto e por ter colaborado com seu pai sobre a exclusão de suas memórias"

"O que está feito está feito, não há nada que eu possa fazer"

"Um dia você entenderá seu pai e o perdoará, ele estava apavorado, não suportaria perder você, situações desesperadas nos levam a medidas desesperadas"

O encaro por um longo tempo, refletindo o que ele disse.

"Grindelwald me disse que eu e Riddle estamos predestinados, sabe me dizer o que isso significa?"
Observo o mesmo arregalar levemente os olhos e soltar um suspiro pesado.

Predestinados - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora