Órion Black - Capítulo 32

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Lilith Hastings Grindelwald



Acordo na manhã seguinte, manhã de véspera de natal, o sol insistia em aparecer em meio as nuvens cinzentas, o frio continuava incessante, fico por um bom tempo deitada na cama após acordar, observando o quarto grande que eu não tinha me dado o trabalho de reparar no dia anterior.

A cama era grande demais para mim, acomodaria facilmente quatro pessoas, o guarda roupa grande feito de madeira fina combinando com o soalho escuro, havia também uma escrivaninha próxima à janela enorme que iluminara demais o quarto naquela manhã.

A vontade de me levantar da cama e encarar especialmente aquele dia desaparece por completo quando lembro-me do baile.

A minha vontade era de voltar para Hogwarts e passar o natal deitada comendo todas as guloseimas existentes da dedos de mel.

Me afundo na cama soltando um suspiro pesado antes de me obrigar a levantar.

Tomo um banho rápido e escovo os dentes antes de descer para o café, Abraxas dissera ontem à noite que a mesa do café fica posta até as dez da manhã, agora eram oito e quarenta e cinco.

Coloco uma calça legging preta e um suéter cinza que cobria boa parte da minha bunda, penteio meus cabelos os deixando soltos, saio do quarto e desço as escadas, indo em direção à sala que ficava a grande mesa onde estavam servindo o café.

Fazia muito frio lá fora, por sorte, a casa estava aquecida por conta dos feitiços.

"Bom dia querida" disse Tom me vendo adentrar a enorme sala.

"Bom dia" lhe dou um breve beijo antes de me sentar  ao seu lado na mesa.

"Como foi o passeio de ontem?" Perguntou levando a xícara de chá aos lábios.

Não havíamos nos visto a tarde inteira de ontem, quando cheguei com Emily, nenhum dos meninos estavam em casa.

"Foi tranquilo, comprei apenas um vestido" digo sem dar muitos detalhes.

"Emily disse algo sobre você ter conhecido um rapaz na casa de chá..." disse impassível.

"Ah sim, um estranho, não sei seu nome e não me dei ao trabalho de perguntar" suspirei levantando meus olhos rapidamente para Emily que comia incrivelmente quieta.

Todos agiam como se o dono da mansão não fosse Abraxas, mas sim, Tom, até mesmo Lestrange abaixava o olhar e se mantinha quieto enquanto Tom e eu conversávamos, Abraxas estava sentado no final da mesa, comendo quieto como se não tivesse ninguém ao seu redor para tagarelar. Me perguntei por um instante se estava mesmo ali, sentada, tomando café ao lado de Tom que esbanjava todo aquele ar de superioridade sobre todos, como se tivesse aonde cair morto.

"Pensei que podíamos fazer alguma coisa juntos esta tarde, o que acha?" Disse limpando o canto da boca com um guardanapo antes de se virar para mim me encarando.

"Acho uma ótima ideia" sorrio.

Depois do café, eu e Tom saímos para dar uma volta pela cidade, o motorista nos levou e disse aonde estaria caso precisássemos dele.

Eu estava usando uma calça preta quentinha, minhas botas de inverno, e um casaco bege que ia até meus joelhos, por cima da minha blusa de lã preta.

Tom estava de preto como sempre, exceto pela blusa de lã branca por baixo do enorme casaco.

Eu não me cansava nem por um minuto de olhar para ele, de admirar sua beleza, era como se a natureza e tudo ao nosso redor tivesse conspirado para que ele nascesse assim, a coisa mais linda do mundo pra mim.

Predestinados - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora