O Menino do Telhado

19. Início da Rota

— Puta que pariu, calor da PORRA! Como eles vivem aqui?

— Ah, nem é tão quente assim, vai.

— 'Saporra é literalmente um DESERTO!

Agra - Índia

Eijiro ria da cara irritada do namorado, o clima local é bem mais quente do que eles estão acostumados.

— Olha, o Taj Mahal é lindo, não acha? — Eijiro disse apontando para a enorme construção de mármore branco. — Sabia que é a maior prova de amor do mundo?

— Sério? Por quê? — Perguntou Bakugou, curioso.

Quem respondeu foi Liam, que estava observando os garotos interagindo. — Ele foi erguido pelo imperador, em memória do seu grande amor à princesa que ele chamava de Mumtaz Mahal, ou "a joia do palácio" que morreu ao dar à luz seu filho. — Disse sorrindo e se aproximando mais. — Esse monumento é todo cravejado de pedras preciosas e ouro, e é bom que a sua prova de amor pelo Ei supere a desse cara. — O olhou com intimidação. O maior era muito protetor com Eijiro, então mesmo apoiando os dois e estar aliviado por seu filho estar tão feliz ao lado de alguém - aparentemente - bom, gostava de deixar claro que não hesitaria em quebrar o pescoço do loiro por qualquer ação mínima que poderia magoar o menor.

Bakugou sempre sentia um arrepio pelo seu corpo com cada encarada que recebia, Eijiro apenas ria e revirava os olhos perante as claras ameaças de seu pai.

— Vamos comer alguma coisa? — Perguntou o ruivo para descontrair.

— Aquelas comidas de rua estranhas, onde eles exageram no óleo e provavelmente vai nos fazer passar mal depois? Claro!

Eles foram até uma barraquinha aleatória e pediram o que quer que eles vendessem. Era um biscoitinho de polvilho com molho verde, chamado Pani Puri. Não era ruim.

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Passado uma semana aproveitando e se deslumbrando com tudo que o país pode oferecer, estavam agora no aeroporto, prontos para embarcar para o próximo destino. Era quase meio dia, conseguiriam ir até o outro continente antes do entardecer.

— Aqui não é tão ruim assim. — Disse Eijiro.

— Então viveria aqui? — Perguntou Bakugou divertido.

— Deus me livre.

O loiro gargalhou alto e acabou até mesmo chamando atenção de algumas pessoas.

Assim que já estavam dentro do avião, viu o ruivo escrever alguma coisa em um caderno, mas ignorou, sabia que era apenas o diário de viagens dele.

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— Que coisa mais linda.... — Eijiro observava os grandes balões de ar quente subindo no céu, agraciados com os raios alaranjados do pôr do sol.

Capadócia - Turquia

— Nosso roteiro de viagens é bem aleatório, não acha? — Disse Bakugou para Liam, ainda observando as grandes bolas coloridas pelo céu.

— Foi o Ei que planejou, não tenho nada a ver com isso. — Respondeu dando de ombros.

— Bem, que tal irmos logo para o hotel? — Sugeriu o ruivo.

Ambos concordaram e seguiram caminho até o grande prédio. Liam ficou na recepção, terminando os últimos detalhes e programando tudo para a estadia deles.

Ao irem para o quarto, Bakugou se surpreendeu. Não era chique, iria dividi-lo com o ruivo. Havia duas camas de casal, um banheiro entre a janela e uma das camas, um espelho grande, uma mesa com cadeiras no centro e o diferencial era a grande parede de vidro e a sacada alta, dando à eles o vislumbre de toda a cidade e dos balões que pairavam graciosamente.