18. Perdoar ou esquecer?

55 12 28
                                    

_______________

_______________

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

_______________

— O que faz aqui? — Perguntou Katsuki firmemente. — Você não volta só a noite?

— Resolvi voltar mais cedo. Tem planos para essas férias? — Perguntou ainda sorrindo docemente. Katsuki torceu o rosto e cuspiu as palavras seguintes com escárnio.

— É sério isso...? Você me ignora pela porra de 3 anos e agora está aqui me perguntando se tenho planos pra férias? — Riu sem humor. — Qual é a sua ein, velhote? Eu passei 3 ANOS SOZINHO NESSA MERDA, NÃO CONTEI COM O CARALHO DA SUA AJUDA NEM UMA VEZ SEQUER, A ÚLTIMA VEZ QUE EU OUVI A SUA VOZ FALANDO COMIGO FOI NAQUELA PORRA DE FUNERAL, ONDE VOCÊ NEM AO MENOS SE DEU AO TRABALHO DE ME APOIAR! — Respirou fundo, lágrimas de puro rancor rolavam pelo seu rosto. — Eu sou o caralho do seu filho... Eu tinha acabado de sofrer a pior dor que eu já senti na minha vida, e você nem ao menos tentou me passar algum consolo. — Limpou as lágrimas com agressividade, olhando com ódio para seu pai. O moreno apenas suspirou e abaixou o olhar.

— Você não entende.... — Masaru sussurrou.

— NÃO ENTENDO O QUÊ? — Gritou Katsuki impaciente.

— NÃO ENTENDE COMO É VER A PESSOA QUE VOCÊ MAIS AMA MORRENDO DIA APÓS DIA DIANTE DOS SEUS OLHOS! — Respirou fundo com lágrimas rolando sobre sua face. — Todos os dias... Eu via ela morrendo naquela cama... Sem poder fazer absolutamente nada a respeito, a não ser aceitar.

Katsuki sentiu uma imensa tristeza o invadir, sobrepondo seu sentimento de frustração. Recordou-se de quando Eijiro ficou internado e como se desesperou.

— Então... Por que me abandonou? Por que nunca fez questão de estar aqui? Não pensou em como EU me sentia? Você era tudo que tinha me restado. — Voltou a falar com mágoa.

— Eu não consiguia olhar no seu rosto... Sem me lembrar dela... Sem me lembrar de cada momento que passamos e... Isso me assombra.

— EU SOU O CARALHO DO SEU FILHO! EU DEVERIA SER PRIORIDADE NA SUA VIDA! VOCÊ DEVERIA FICAR AO MEU LADO E ME APOIAR, INDEPENDENTE DE COMO SE SINTA! É ISSO QUE PAIS FAZEM! E O QUE DEU EM VOCÊ PARA APARECER AQUI DO NADA COM ESSAS IDEIAS MALUCAS?

— Uns caras... Que eu ouvi conversando no bar... Falavam sobre seus filhos. Aí eu percebi qu- Foi interrompido por Bakugou, que deu uma risada.

— Quer dizer que precisou ouvir uns bêbados fudidos que nem estavam falando com você, para perceber o quanto foi cuzão?

— Eu não quero buscar concertar o passado, mas... Quero construir memórias novas com você.

Respirou fundo. — Está um pouco tarde demais para isso, não acha? Ainda não tem o meu perdão e vai precisar mais do que palavras bonitinhas e ações repentinas para conquista-lo. — Deu uma pausa. — E... Respondendo a sua primeira pergunta... Eu tenho sim, planos para as férias.

O Menino do TelhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora