Epílogo - Infinitos

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"Um fio invisível conecta o coração de almas gêmeas destinadas à se encontrarem.

O encontro entre as almas é certeiro, mas a união é imprevisível.

Nem mesmo a morte pode partir esse fio, fazendo o sentimento perdurar através do cosmo e as almas se unem em outra vida.

Pois uma única vida é muito curta para se desfrutar do verdadeiro amor."

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A neve caía calma e incessante, acumulando nos ombros e no cabelo de Bakugou, este que olhava fixamente para o chão à sua frente. Não sabe quanto tempo ficou ali parado, perdia a noção do espaço todos os dias desde o fatídico acontecimento.

As densas nuvens ocultavam todas as cores do céu, deixando apenas o branco e o cinza para ser admirado.

Um suspiro longo pôde ser ouvido, com o corpo tenso, Katsuki apertou a campainha do interfone e aguardou o portão dar permissão para entrar a grande residência.

Seu corpo tensionou ainda mais quando o portão de metal lentamente se abriu, estava nervoso e isso era nítido.

Estava prestes a se encontrar com o pai do seu falecido namorado.

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- Uma semana antes -

Katsuki estava na sua cama encarando o teto, seu rosto transparecia apenas a descrença e um certo desespero.

Se lembrava perfeitamente das palavras que foram dirigidas à si. Palavras essas que retumbavam incessantemente.

Palavras essas que diziam que seu amado não havia resistido ao pós operatório e acabou perdendo sua vida.

Lágrimas molharam o seu rosto, mas não deu o trabalho de secá-las.

"Todas as estruturas que um dia tive foram ao chão. Estruturas essas que você construiu.

Eu não consigo dormir. Não consigo passar cinco minutos sem ficar embriagado de memórias.

Você tem sua paz agora, mas... E quanto à mim?

Pensei que teríamos tempo... que teríamos as nossas vidas.

Agora, o tempo parou pra mim. O mundo parou de girar, ao mesmo tempo em que tudo se tornou cinza. Naquela fria noite de véspera Natal o anúncio foi feito, e com isso, minha alma deixou essa terra junto com a sua.

Por favor... Volte pra mim. Volte dizendo que vai continuar ao meu lado, que vamos continuar fazendo origamis e mochis, que vamos almoçar no telhado, que vamos caçar vagalumes, que vamos cantar canções antigas. Vamos passear novamente naquele café de morangos, nós fomos lá tão poucas vezes. Vamos viajar o mundo e contar estrelas. Eu vou escrever mais um milhão de canções para você, irei te levar em um show de verdade.

O Menino do TelhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora