23. Céu de Outono

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O dia estava nublado, como esperado do outono. Os ventos gélidos denunciavam o inverno temeroso que estava por vir.

16 de outubro e Eijiro estava mais uma fez no inferno chamado hospital.

As provas finais se aproximavam, então ele e Katsuki não tinham muito tempo para ficar juntos, matavam a saudade com ligações aleatórias.

Era uma terça feira, foi internado no domingo. Tinha muitos planos para o dia de hoje, iria acordar bem cedo, tomar um café da manhã caprichado com seu pai, comeria bolo, sairia com Katsuki, andariam pela cidade, iriam até aquele café que tanto amam, tirariam fotos e ririam bastante. Mas foi tudo arruinado pelo caralho dessa doença terrivelmente irritante.

Suspirou pela décima vez encarando a janela, seus pensamentos tentavam focar nas formas das nuvens, associando-as às coisas mais aleatórias possíveis.

Sua atenção foi para a porta, Liam entrava sorrindo. Acariciou os cabelos ruivos despenteados e recebeu um sorriso fofo de volta.

— O que acha de um show de fogos de artifício como presente? Você pode ve-los daqui. — Sugeriu o mais velho, logo se sentando.

— Uuuh, parece empolgante! — Respondeu rindo levemente — Mas acho que algo simples seria mais... Legal?

— Você quer é sair por aí com o Katsuki, né? — O moreno questionou com uma sobrancelha arqueada, Eijiro desviando o olhar e colocando uma mecha atrás da orelha foi o que recebeu como resposta. Liam suspirou — Sinto muito, mas sabe que isso não é possível.

— Sim, eu sei. Mas eu vou poder comer bolo, né? — Perguntou com um biquinho.

Liam riu e assentiu.

Como era uma terça-feira, Katsuki estava na escola, mas prometeu que passaria no hospital assim que possível.

— Aah... Eu quero ir pra casa. — Suspirou Eijiro.

Liam olhou-o triste logo se levantou pronto para anima-lo. Não era fácil passar o aniversário enfiado em uma cama de hospital, precisava ao menos tirar um sorriso do menor.

Estendeu em sua direção uma pelúcia de gatinho velha, mas bem conservada.

— Eu... Dei isso à sua mãe no dia em que a pedi em casamento.

Todos os anos, Liam dava à Eijiro um pertence que já foi de sua esposa. Há 17 anos, o amor de sua vida perecia diante dos seus olhos, ao mesmo tempo em que recebia uma linda dádiva.

Os olhos do ruivo se umideceram e abraçou a pelúcia contra si, aspirando o perfume que a mesma emanava.

— Obrigado. — Falou com uma lágrima solitária rolando pelo seu rosto.

O Menino do TelhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora