16. Vagalumes

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"Mesmo com você me dizendo juras de amor, uma parte do meu coração permanece imutável. E não importa o quanto eu queira que isso mude para que eu possa me desvencilhar dessa parte fria, o quanto eu queira que você fique ao meu lado sem se cansar da minha grosseria... Eu não vou conseguir me tornar alguém que te mereça... No fim, a minha essência ainda é tóxica."

Bakugou acordou com um peso sobre seu peito, era confortável. Abriu os olhos e viu o rosto sereno adormecido do avermelhado, era quase um pecado acorda-lo, mas precisava ir para casa.

— Oe, Eiji. Acorda aí. — Sacudiu o menor com delicadeza, o vendo reamungar e torcer o nariz.

— Hmm, Katsuu... Vamos dormir mais um pouquinho....

— Porra, até já anoiteceu. Eu preciso ir, Eiji.

— Eu vou com você.

— Vai onde, criatura? Você mora aqui!

— Quero te mostrar um lugar. — Disse se levantando lentamente e indo em direção à cozinha. Voltou de lá com quatro Dangos e entregou dois ao loiro, puxando ele para a porta logo em seguida.

Estavam caminhando em silêncio pela pela rua vazia e silenciosa, cujo único som era o de seus pés esmagando a areia da calçada, Eijiro parou quando estavam encima de uma ponte de maneira. Largou o palitinho vazio no chão e correu até a beirada, pulando para fora logo em seguida. Bakugou sentiu seu coração errar uma batida ao ver a cena, se desesperou e correu até onde o menor havia saltado.

— EIJI-

Sua fala morreu ao olhar para baixo e ver milhares de pontos verdes brilhantes dançando no ar, ao perceber que se diatraiu do seu objetivo - Que era conferir se o namorado estava bem - Foi até o início da ponte e desceu cuidadosamente pelo barranco, estava escuro e não queria torcer o pé pulando de uma altura desconhecida.

Encontrou o ruivo de pé, olhando maravilhado para a nuvem cintilante de insetos.

— Eijiro! Você está bem? O que deu em você, seu doido? — Perguntou preocupado.

Kirishima riu e o mostrou um sorriso sincero. — Eu estou bem, a ponte é baixa. Olha pra cima, Bakugou....

Bakugou olhou para cima e viu o espetáculo que as pequenas criaturas assustadas faziam. Era impossível não se impressionar com tanta graciosidade. As luzes se destacavam no céu noturno, dando a impressão de serem estrelas esverdeadas dançantes. Era lindo.

Bakugou olhou para o rosto alegre do ruivo e sentiu seu coração apertar, pequenas lágrimas rolaram pelo seu rosto.

"Não faz sentido... Eu deveria parar de chorar, deveria parar de me apegar a um sentimento passado, deveria esquecer de coisas ruins mas... Ter você me mostrando coisas tão maravilhosas enquanto o sentimento ruim permanece imutável é... Desconcertante."

O Menino do TelhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora