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Xingchen fez questão de esperar o turno de Xue terminar para leva-lo embora, tinha medo de que o rapaz mudasse de ideia naquele período de tempo e fugisse novamente. Conversou com a gerente da loja sobre dividir seus turnos com Xue, assim os dois teriam tempo de descansar e teriam o dinheiro do pagamento para as coisas de casa.

Na volta para casa Xingchen procurou Xue com a mão e foi tateando seu braço até encontrar a mão, entrelaçando seus dedos aos dele e suspirando quando recebeu um aperto de volta.

-Qual o problema ?

-Eu senti sua falta.

Xue não respondeu, xingando mentalmente a facilidade de Xingchen para dizer essas coisas cafonas, provavelmente porque ele não pode ver a reação das outras pessoas a elas ou teria visto o rosto vermelho do mais novo.

-Eu... também senti a sua.

O semblante de Xingchen parecia melhor agora que estavam voltando juntos, mais calmo e relaxado, Xue olhou para ele por um longo tempo aproveitando que o outro nunca saberia. Durante o tempo em que estiveram separados tudo o que pensou foi em como ajudar ele e a-Qing não se importando consigo mesmo, mas Xingchen se importava com ele, mais do que qualquer um.

-Chegamos.

Anunciou abrindo a porta e entrando no apartamento. A-Qing já estava preparando o jantar e ouvindo as palavras do irmão veio recebê-los na sala.

-Parece que você encontrou o cachorro fujão.

Ela sorriu atrevida para Xue que mostrou a língua para ela.

-Vai ver se eu to na esquina pirralha.

-Eu fui, por um mês.

Ela retrucou antes de voltar para a cozinha, deixando Xue constrangido novamente, qual é a dos Xiao e a capacidade deles de jogarem coisas desagradáveis na nossa cara desse jeito?

-Vá tomar banho primeiro para jantar, eu vou ver se a-Qing precisa de ajuda. Pode pegar uma roupa minha se quiser.

Xingchen deixou um beijo na bochecha dele e foi atrás da irmã, os dois tinham muito o que fofocar sobre Xue e os acontecimentos daquele dia. Na hora de dormir a cama improvisada de Xue não estava feita no chão, achou aquilo estranho, será que tinha sido rebaixado ao sofá?

-Onde eu durmo?

Xingchen bateu com a mão no colchão ao lado dele, colocando mais um travesseiro para que Xue ficasse confortável.

-Aqui, a menos que não queira fica espremido comigo, eu vou entender.

Teria que se acostumar com esse novo lado brincalhão de Xiao, mas não era tão ruim, sorriu ladino e se deitou na cama, puxando o mais velho para os seus braços.

-Boa noite Xingchen.

-Boa noite Xue.

O que há entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora