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*Capítulo contra indicado para menores, se é menor é melhor pular.*


Pouco depois a porta foi aberta de novo e Xiao olhou naquela direção mesmo sabendo que não veria quem entrou, imaginando que Zichen havia esquecido alguma coisa, mas não os passos eram diferentes, era alguém menor e menos disciplinado.

-Xue Yang.

O nome deixou seus lábios como um suspiro quando a outra pessoa já estava bem perto dele. Xue aproximou o rosto do ouvido de Xiao e sussurrou.

-Me chamou, Xiao?

Ele ficou muito satisfeito com a reação do outro que estremeceu e pulou da cadeira, se afastando, era muito fácil brincar com Xiao, parece que o mais velho era muito sensível a sons. A risada de Xue fez o rosto do vice-presidente esquentar, havia algo no modo como ele falava seu nome que o perturbava de uma forme desconhecida, suas pernas tremiam e seu coração acelerava, estava sendo difícil lidar com isso nos últimos dias desde que eles se aproximaram, mas sozinhos na sala do conselho estudantil era ainda pior.

-O que faz aqui?

Os passos de Xue vieram em sua direção e ele se afastou cada vez mais, estava tão perturbado que acabou não lembrando de que havia pedido para o mais novo entregar suas chaves. Sem responder Xue continuou indo em sua direção, até ele bater a parte de trás do joelho no sofá e cair sentado.

-Você me pediu para entregar isso.

Agora que não havia para onde fugir, Xue parou na frente dele e pegou sua mão, colocando a chave nela e depois fechando. Xiao entendeu o que era e seu coração começou a se acalmar, mas o seu rosto já estava vermelho e outro havia percebido.

-Por quê? Você pensou que eu queria outra coisa?

Novamente ele chegou bem perto de Xiao, falando em seu ouvido e fazendo o outro se arrepiar e arfar de surpresa.

-Não... Eu...

Xue estava curioso sobre o quão longe ele poderia ir com aquilo e sentou nos joelhos do vice-presidente, colocando as mãos nos ombros dele.

-Será possível que o tão correto presidente do comitê de ética, o anjo da escola e aluno modelo, está interessado nesse pobre vira-lata?

O cômodo estava quente demais para Xiao, ele não sabia o que responder e suas mãos foram por instinto para a cintura do rapaz em seu colo.

-Eu...

-Foi por isso que você me ajudou?

Mesmo que fosse por isso Xue não podia culpa-lo, fazia mais sentido admitir que havia salvo ele porque queria uma foda do que fingir ser um santo que não busca nada em troca do que faz, esse tipo de gente não existe, ele já devia saber disso.

-Não. Eu te ajudei porque você precisava, mas...

A palavras dele deixaram Xue curioso, ele queria ouvir mais sobre isso e como recompensa aproximou mais seu corpo do de Xue, deitando a cabeça em seu ombro.

-Mas depois de um tempo eu... Entendi você.

Xue não achava possível que alguém o entendesse, mas aquela conversa estava ficando interessante, ele começou a beijar o pescoço de Xiao, apenas para ouvir sua fala ficando cortada com algumas respirações mais profundas e seu aperto na cintura aumentando, aquilo estava ficando perigoso, o tipo de perigo que Xue adora.

-E o que você entendeu? Que eu sou um delinquente? Que eu não me importo com nada? Que eu quero fazer sexo com você bem aqui na sala do conselho estudantil?

Estava difícil formular uma resposta e distinguir tudo o que estava acontecendo em seu corpo em meio a nuvem de sensações novas que encobria Xiao. Além do calor e dos arrepios, ainda havia a reação no seu baixo ventre, principalmente quando Xue sugeriu sexo.

-Você não é... delinquente, só não vê outra... forma de sobreviver sozinho... e você se importa... ou não teria me ajudado com a-Qing.

Xue parou de beijar o pescoço do outro para olha-lo, ninguém havia prestado atenção nele por mais de dois segundos, mas parece que Xiao havia pensado bastante sobre seus motivos.

-Você faz parecer muito mais nobre do que é, eu te devia uma e paguei, assim como vou pagar pela noite passada te satisfazendo.

As mãos dele foram para o cinto da calça de Xiao, abrindo devagar para deixar a mostra sua cueca, era embaraçoso mostrar o corpo dessa forma, ainda mais no estado em que estava, mas Xue não fez graça com aquilo, ele apenas acariciou o membro endurecido do vice-presidente que não aguentou segurar o gemido.

-Talvez... você seja mais nobre do que pensa.

Xue deu risada e abaixou a cueca do outro para poder segurar corretamente seu membro e começar a masturba-lo.

-Você fala demais.

Os lábios de Xiao foram cobertos pelos do outro rapaz e ele estava grato por isso, pois não sabia se aguentaria ficar quieto enquanto seu membro era estimulado dessa forma, ele nunca tinha se sentido excitado antes de conhecer Xue, portanto tudo o que sentia parecia um castigo ou paraíso.

Xue abriu suas calças também e retirou seu membro que colocou sobre o do outro e começou a masturbar os dois juntos, misturando seus gozos enquanto movia rapidamente as mãos. Para Xiao algo quente e duro havia sido adicionado, mas ele não conseguia ver, então sua curiosidade o levou a tocar aquilo, da ponta até a base, ouvindo em troca os gemidos do rapaz em seu colo.

-Puta merda Xiao, você quer me deixar louco? Se quer me tocar é só falar, mas ai precisa se responsabilizar.

Xiao não sabia o que falar, ele nunca tinha tocado alguém antes e não saberia o que fazer para agradar, por isso retirou a mão e colocou de volta na cintura dele, se concentrando nos movimentos da mão de Xue que aumentavam seu prazer a cada segundo.

-Xue...

Ele não sabia bem como explicar o que estava sentindo, mas ele sabia que estava perto de gozar e não queria fazer uma bagunça.

-Tudo bem, confia em mim, pode relaxar.

Ouvindo aquilo Xiao mordeu os lábios para ficar quieto e moveu os quadris para cima, apertando ainda mais forte a cintura de Xue e estremecendo conforme os espasmos tomavam conta de seu corpo e seu membro pulsava na mão do mais novo.

A respiração de Xue também estava rápida e Xiao sentiu o membro dele pulsando contra o seu, mas se não fosse por isso não teria adivinhado que Xue também havia gozado, mas como poderia ser diferente vendo aquela cena tão profana e divina de um anjo se contorcendo de prazer sob o corpo dele e derramando sua semente por toda a mão dele.

-Você tem papel?

A voz do Xue estava rouca e tirou Xiao de seu estupor, ele apontou para o armário ainda sem confiar no que estava sentindo.

-No armário.

O rapaz saiu do colo dele e foi buscar o rolo, fazendo questão de limpar tudo com a desculpa de que podia ver onde estava sujo. Xiao achava aquela necessidade de negar toda vez que fazia algo bom muito fofo, mas manteve o pensamento para si mesmo.

-Eu tenho que ir.

Agora que estava livre Xue podia finalmente matar aula se quisesse, mas por algum motivo ele preferia acompanhar o vice-presidente até sua sala.

-Eu vou com você Xiao.

O que há entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora