A permanência de Polaris.

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NOTAS DA AUTORA: Bem, chegamos no final das aventuras do capitão e da nossa estrela favorita! Espero que tenham gostado e se divertido assim como eu, dando vida a esse universo construído em três anos. Ainda estou com ressaca pós-fanfic e irei demorar a assimilar que é realmente o fim, socorro! 

Logo mais, virei com a data do livro físico juntamente com o extra inédito, então fiquem atentos. Também peço que venham me apoiar no meu próximo projeto que já tem um capítulo postado: https://www.wattpad.com/story/269937790-cliff-chanbaek

Agradecimentos especiais para a Triz e para a Teeh que sempre me ajudaram com a betagem dessa história, além de me apoiarem em tudo. Vocês são maravilhosas e não me canso de dizer isso! <3

Boa leitura, estrelinhas! ☆

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POLARIS

Um dia antes.

Doutor Kyungsoo não esperava pela minha presença naquela manhã, digamos que eu tenha feito questão de implorar por um horário embora sua agenda estivesse habitualmente lotada. Afinal, na noite anterior, foi a primeira vez que eu tive aquele tipo de sensação.

Sentei-me na poltrona recebendo o olhar de reprovação do homem que suportava ouvir minhas lamentações dos últimos meses. Não consegui segurar o sorriso e lhe apontei um caderno de capa dura.

Kyungsoo desviou os olhos, irritado, mas não resistiu e acabou pegando o objeto das minhas mãos com pouca vontade, suspirando o ar para fora como forma de reprovação. Sua braveza tinha motivo, já que na última sessão o afirmei com toda convicção do mundo que não voltaria nunca mais naquele consultório.

― Por que eu deveria ler, Baekhyun? ― Apontou em minha direção com o caderno. ― Me dê uma ótima razão para fazer isso se todas as regressões anteriores não te pareceram suficientes.

― Eu nunca te disse isso, doutor.

― Mas desmarcou todos os seus horários. Vamos, admita! Seu lado cético o venceu.

Pisquei, com a expressão mais séria dessa vez.

― Acho que me lembrei de algo que muitos dos seus pacientes não se lembrariam. Não com tantos detalhes como aconteceu comigo.

Ele ficou em silêncio, esperando pela minha explicação. Minhas mãos soaram no meu colo e a frase parecia não querer sair.

― Eu lembrei da minha morte.

Kyungsoo levantou uma das sobrancelhas, instigado e evidentemente curioso demais para não se sentir abalado com o que eu estava dizendo.

― Certo! ― Ele empurrou o óculos para trás como quem se aproxima de descobrir o segredo do universo e começou a ler o que eu havia escrito na última página daquele diário.


Não havia percepções sensoriais onde eu estava, minha existência era apenas sentimento, lembrança e saudade. Havia um cenário e ele acontecia por todos os ângulos possíveis, como se eu tivesse acesso visual de qualquer parte do cômodo.

O capitão Park Chanyeol estava bem ali, na mesa em frente a janela de seu quarto enquanto escrevia algo no papel com toda concentração que existia em seus neurônios. Não demorou para que eu entendesse que embaixo daquela pena de ganso, uma carta estava tomando forma e ganhando suas palavras.

BLACKOUT | ChanBaekOnde histórias criam vida. Descubra agora