Capítulo 42

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S/N P.O.V.

Sabe aquela sensação de paralisia do sono? Quando a sua mente desperta, mas o seu corpo não obedece aos seus comandos e permanece imóvel? Era quase isso que eu estava sentindo. Eu estava acordada, mentalmente ativa, mas o meu corpo não queria se mexer de jeito nenhum. Parecia que eu havia sido atropelada por um caminhão. Aliás, sete caminhões. Sentia dores por todo o corpo, mas nada insuportável, apenas suficiente para me causar alguns desconfortos, como na primeira semana de academia depois de um tempo de sedentarismo. Existe dor boa? Não sei, mas os atos que me levaram a sentir essas dores, esses sim foram bons, excelentes e inesquecíveis. Eu apaguei ontem depois da noite mais louca e intensa de toda a minha vida, mal tive tempo de processar tudo o que aconteceu, mal consegui conversar com os meninos. Eu queria saber qual foi a sensação deles em meio a todo aquele ato libertino, mas na verdade, as suas expressões já me diziam mais do que palavras. Eu sei que eles gostaram tanto quanto eu, que eles sentiram prazer tanto quanto eu, mas mesmo assim eu queria ouvi-los.

Abro os olhos devagar, mas não enxergo nada naquele quarto escuro. Não fazia nem ideia de que horas eram. Sinto braços me envolvendo delicadamente em um abraço de conchinha, uma respiração suave em meu pescoço. Taehyung dormia profundamente ao meu lado. Eu estava tentada a não querer sair dali, mas eu precisava levantar. Me mexo minimamente para não o acordar e sigo em direção ao banheiro. A cada passo, tudo doía mais e eu me sentia fraca. Jogo um pouco de água em meu rosto e me encaro através do espelho. Vejo pequenas marcas de chupões em meu pescoço. Levanto o blusão que estava vestindo e haviam mais marquinhas espalhadas pelo meu corpo. Como um flashback sensorial, me arrepio ao lembrar de todos esses sinais sendo feitos em mim, da percepção gostosa de estar recebendo prazer de sete homens praticamente ao mesmo tempo. Os olhos de adoração deles sobre mim aparecem nitidamente em minha mente, bem como seus olhares sedentos e em chamas. Balanço a cabeça e solto uma risada anasalada, ainda um tanto boba e anestesiada com o que eu e os meninos fizemos na noite passada. Termino de me ajeitar no banheiro e sigo em direção a cozinha. Meu estomago roncava de fome.

O apartamento estava silencioso, deduzi que todos ainda estavam dormindo. O grande relógio na cozinha marcava onze horas da manhã. Eu me sentia em casa ali, então fui logo abrindo a geladeira em busca de algo para me alimentar. Sentada na bancada, depois de devorar algumas frutas e queijos, imagino que logo os meninos também acordarão famintos e resolvo preparar um café caprichado para eles. Distraída, buscando alguns ingredientes no armário da despensa, sinto mãos envolvendo minha cintura, me puxando delicadamente contra o seu corpo.

HS: Bom dia bebê linda! – Sua voz rouca bem perto do meu ouvido fez meu corpo arrepiar por inteiro. Ele deposita um leve beijo em meu pescoço e sorrio. – Acordou cedo!

S/N: Bom dia meu amor! Cedo? Já são onze horas! – Me viro para o encarar. Adoro a carinha do Hobi quando ele acorda.

HS: Muito cedo em vista da hora que fomos dormir ontem. – Ele ri baixinho. – Como você está? Precisa de alguma coisa? – Pergunta carinhosos, acariciando meus cabelos.

S/N: Estou bem, só um pouco cansada e dolorida. – Faço uma careta. Hobi analisa as marquinhas visíveis em meu corpo e balança a cabeça.

HS: Vem pequena, vou cuidar de você! Tenho uma pomada para passar nesses roxinhos. – Ele segura minha mão.

S/N: Mas eu vou preparar o café da manhã de vocês agora...

HS: Não precisa se incomodar com isso, os meninos vão dormir até bem mais tarde, conheço eles. Eu também vou voltar a dormir, só vim beber água. Mas antes, vou cuidar de você, e depois, você descansa mais um pouco lá comigo. Deita no meu colinho e faço carinho até você dormir. O que acha? – Faz uma expressão fofa.

Teoria da Branca de Neve - BTS - OT7 - (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora