Hidden Note

Capítulo 41

***HIDDENNOTE***

MIRANDA ON

Tento raciocinar, mas não consigo realmente.

Então começo a rir. Jamais em toda a minha vida imaginei entrar numa dimensão cósmica nesse nível. Minhas risadas tornam-se gargalhadas.

Miranda- Meu deus do céu...Não.

Rio ainda mais, mesmo tentando me controlar.

Anna- Miranda...A...A minha dor diverte você?

Miranda- Para, Anna.

Meu ventre começa a doer do tanto que eu to rindo.

Anna- Chega, Miranda. Isso não tem graça!

Miranda- Você...Você não...

Minhas risadas vão diminuindo aos poucos quando vejo uma expressão de dor e indignação no rosto da minha melhor amiga.

Miranda- Diz que isso é uma brincadeira de péssimo gosto, Anna.

Ela nega.

Miranda- Fala que é uma...Brin...Brincadeira.

Anna- Eu não brincaria com uma dessas, Miranda. Eu...Fiquei grávida do Massimo.

Miranda- O...Eu...

Eu não sei o que falar. Meus pensamentos voam imediatamente para Andrea.

Anna- Ele não sabe. A mãe dele me ajudou na época. Ela queria que ele se concentrasse nas empresas da família. Ele estava noivo então aceitei. Mas...A bebê não resistiu.

Meu deus do céu. Olho para a minha mão e bebo todo a água com açúcar de uma só vez. Sinto a força me abandonando e a visão ficando turva. Me agarro como posso na penteadeira para não desabar.

Miranda- O que...Anna...ai meu deus.

Um redemoinho de informações atropela a minha mente a cada segundo calculando prováveis probabilidades improváveis.

Miranda- Quando...Quando foi isso?

Anna- Aconteceu há 30 anos atrás. Eu perdia a minha princesa no parto, Miranda.

O copo que está em minha mão desliza por entre os meus dedos, se chocando e se espatifando no chão.

Eu acho que tô enfartando.

Meu corpo me trai e eu deixo a força ir embora. Deslizo as costas na penteadeira e deixo o corpo ir ao no chão.

Anna- Mirandaaa.

Vejo o vulto de Anna correr pra perto de mim.

Anna- Oh, meu deus. Você se cortou.

Ela segura a minha mão e vejo sangue escorrer na minha mão esquerda. Nem me incomodo em entender como aconteceu.

Vejo ela entrar rapidamente no banheiro e traz um kit de primeiros socorros. Não sei o que realmente está passando na minha mente. Tudo parece confuso e claro demais. Eu não sei em que acreditar ou até mesmo pensar.

Anna- Vem aqui!.

Anna me levanta e me ajuda a me sentar.

Enquanto Anna mexe na minha mão, minha cabeça trabalha. Tudo se encaixando e desencaixando a cada segundo.

Miranda- Anna...Isso não pode ser real.

Anna- Eu também gostaria que não fosse.

Miranda- Para...Para.