4. É as gurias!

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Já era madrugada quando Diana acorda sobressaltada como se despertasse de um pesadelo e reconhece a voz que brada no corredor

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Já era madrugada quando Diana acorda sobressaltada como se despertasse de um pesadelo e reconhece a voz que brada no corredor.

- EU QUERO VER A MINHA MULHER! EU SEI QUE ELA TÁ AQUI!!!

Sentindo seu coração acelerar, sua respiração ficar descompassada, imaginando que, se Túlio a visse, o pior poderia acontecer decidiu rapidamente sair dali o quanto antes.

Ainda sob o efeito da medicação e um tanto zonza, com um pouco de esforço, conseguiu sair da cama e foi em direção à porta. Abriu-a lentamente para não chamar a atenção e espiou pela fresta.

A equipe de plantão e alguns seguranças tentavam conter Túlio pedindo calma e silêncio, por estar em um hospital, e um enfermeiro mencionou algo sobre horário de visitas. Eles estavam a uma distância considerável, Diana podia ver Túlio de costas para ela.

Fechou a porta com cuidado, vestiu seu casaco de moletom cobrindo sua cabeça com o capuz, colocou a mochila no ombro bom, pegou os tênis na mão e saiu disfarçadamente na direção contrária, de onde todos que estavam em volta de seu "futuro-ex-marido", rumo à saída.

Quando estava a uma distância considerável acelerou o passo ao máximo que as dores lhe permitiam. Alcançando a calçada, já do outro lado da rua do hospital, ela ouve Túlio chamar seu nome. Um calafrio subiu-lhe pela espinha, engoliu em seco e correu. Seu rosto contorcia-se de dor mas ela precisava correr, sua vida dependia disso.

Na tentativa de despistar Túlio, Diana virou à esquina de uma rua embrumada e ao olhar para trás sentiu seu corpo chocar-se em algo ao mesmo tempo que mãos seguram seus braços.

- CARALHO! - grita a mulher que está segurando os braços de Diana - Onde é o incêndio???

- Ei, calma aí! - diz outra mulher - Assim tu vai espantar a freguesia, neném.

- Ai... - gemeu Diana segurando o braço imobilizado.

Olhando em volta, visivelmente assustada, notou que havia mais algumas mulheres caminhando pela calçada vestindo roupas minúsculas e saltos altos. Encarou as duas que estavam à sua frente, uma delas negra com cabelo crespo e volumoso, ainda segurava-lhe os braços.

- De-Desculpa... - gaguejou Diana e olhou para trás à procura de Túlio que logo a alcançaria.

- Guria! O que aconteceu contigo? - perguntou a outra enquanto levantava lentamente o capuz de Diana, era branca com cabelos castanhos, lisos, presos para o lado e mascava chiclete ruidosamente. Ambas aparentavam ser tão jovens quanto ela, mesmo usando maquiagem pesada - Foi atropelada?

- Também... - respondeu olhando pra trás outra vez e quando ouviu Túlio chamar por ela, estremeceu - Mas agora tô fugindo do meu marido. Preciso de ajuda...

A moça do chiclete vai até a esquina em passos rápidos e logo volta.

- Ele não tá muito longe mas tá vindo pra cá.

AS GURIAS DA BOATE DOCE DEMÔNIOOnde histórias criam vida. Descubra agora