16. Déjà Vu

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No andar inferior da Doce Demônio, os ânimos, aparentemente, haviam-se abrandado quando alguém, bem conhecido por todos dali, chegou no bar

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No andar inferior da Doce Demônio, os ânimos, aparentemente, haviam-se abrandado quando alguém, bem conhecido por todos dali, chegou no bar.

- E aí, gurizada?! - cumprimentou batucando com as mãos sobre o balcão, ocupando um dos assentos - A Joy tá atendendo? Não encontrei ela.

- Tá atendendo, sim - respondeu Danilo - Mas já faz um tempinho, daqui a pouco ela desce.

- Belezinha... Então vê pra mim um birinight aí - pediu piscando e exibindo o sorriso debochado que era típico dele.

- Tu sabe que a Joice só liberou a cerveja pra ti né, César? - advertiu o barman - Se teu "birinight" é algo diferente disso, vai ser por tua conta.

- Tá, tá, tá... - conformou-se - Pode ser uma ceva, mas tem que ser aquela trincando - disse num tom quase exigente com os olhos semicerrados.

- E desde quando não é? - questionou o barman encarando-o em desafio.

Depois de abrir a cerveja, Danilo fez com que a garrafa deslizasse sobre o balcão até alcançar as mãos de César que agradeceu, erguendo-a como num brinde, levou-a à boca, sorvendo o líquido gelado, e soltou um sonoro "Ahh!" em seguida. Sim, certamente estava "trincando".

- Fala, Cesinha! - cumprimentou Léo ao se aproximar, erguendo uma das mãos e acertando a de César no alto - Já arrumou um emprego ou a Joice continua te bancando?

- A Joy não me banca, mané! - protestou com o cenho franzido - Eu só ajudo ela a desfrutar dos lucros de um jeito mais criativo, como qualquer casal num relacionamento.

- Aham, sei...

- Guris! - chamou Diana - Alguém deixou a torneira aberta - avisou ela apontando para a pia do bar.

- Mas eu fechei essa naba! - resmungou Léo.

Dirigindo-se até a torneira ele tentou fechá-la mais uma vez, mas não obteve sucesso.

- Essa merda não quer parar, fica vazando, ó. - Gesticulou mostrando aos colegas.

Inclinando o corpo por cima do balcão, César olhou para onde o barman estava e logo constatou o problema.

- Eu consigo arrumar isso aí - comentou ele, virando os últimos goles de sua cerveja direto na boca - É barbadinha.

Todos, da equipe do bar, olharam para ele ao mesmo tempo e logo trocaram olhares entre si.

- Se vocês ainda tiverem aquela caixa de ferramentas no depósito, eu posso consertar agora mesmo.

Com o consentimento dos seus colegas, rapidamente, Léo foi ao depósito e trouxe de lá a caixa para César que já estava contornando o bar arregaçando as mangas.

De costas para o balcão, Diana apenas observava-o começar o trabalho como se, para ele, não houvesse ninguém à sua volta e estivesse na cozinha de sua própria casa.

AS GURIAS DA BOATE DOCE DEMÔNIOOnde histórias criam vida. Descubra agora