Mikaella estava na cabine de som com Vinícius, aprendendo um pouco mais e testando algumas mixagens antes de mais uma noite.
Descendo as escadas, Diana avistou Léo parado em frente ao balcão do bar, de braços cruzados, olhando atentamente para a prateleira de bebidas. Seus olhos se apertavam como à procura de algo muito bem escondido.
- Oi Léo - cumprimentou - Chegou cedo, Chuchu - comentou posicionando-se ao seu lado, espelhando sua pose e olhando na mesma direção que ele.
- E aí, Baixinha?! - cumprimentou de volta, sem tirar os olhos, ainda apertados, das garrafas coloridas e enfileiradas na prateleira à frente deles.
De repente inclinou-se de lado até a altura de Diana, não desviando o olhar e perguntou:
- Tu tá vendo o mesmo que eu?
Diana então correu os olhos atentamente sobre as bebidas e...
- O que tá rolando? - quis saber Juan, que chegou acompanhado por Danilo e ambos juntaram-se a eles também olhando a prateleira.
- Mas eu fiz a reposição das bebidas ontem... - afirmou Danilo contrariado.
- Estão faltando duas garrafas, pelo menos... - constatou Juan.
- Na verdade, três - corrigiu Danilo.
- Qual o motivo da reunião? - Ivan e Marcão se aproximaram tal como Nicolas, em seguida, assim que chegou.
- Estão faltando três garrafas... Duas de vodka e uma de whisky - respondeu Diana dirigindo-se para o outro lado do balcão.
- Isso tá me cheirando à...
Marcão ia falar de suas suspeitas quando foi interrompido pelo estrondo da porta do escritório batendo, seguido de uma tempestuosa Wanda que, visivelmente embriagada e indiscutivelmente furiosa, devido ao tilintar alto de seus saltos no piso, rumava em direção ao bar.
Como se não houvesse ninguém à sua volta ela olhou rapidamente para a prateleira diante dela e pegou uma garrafa de whisky e, antes de voltar ao seu escritório, ouviu-se um bradar rouco e raivoso:
- Wanda! Tu vai me deixar falando sozinho, demônio? - perguntou indignado, Francisco, o marido dela.
Sem responder, girou em seus calcanhares, seguiu em direção ao homem abrindo a garrafa, jogou a tampa para Léo, que pegou-a no ar, e levou o bico da garrafa aos lábios enquanto caminhava. Passou por Francisco, entrou novamente em seu escritório e bateu a porta na cara dele.
- Ô, DEMÔNIO! - gritou entrando na sala de Wanda e também batendo a porta atrás de si.
- Ih... Fudeu! - disse Nicolas.
- Como diria o meu avô: "Preteou os zóio da gateada"! - comentou Léo.
- Vai ser um domingo daqueles, gurizada... - sentenciou Ivan.
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AS GURIAS DA BOATE DOCE DEMÔNIO
RomanceGurias diferentes que por motivos diferentes foram trabalhar no mesmo lugar: a Boate Doce Demônio. ** ALERTA! A história pode conter gatilhos emocionais. **