Gurias diferentes que por motivos diferentes foram trabalhar no mesmo lugar: a Boate Doce Demônio.
** ALERTA! A história pode conter gatilhos emocionais. **
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Quase amanhecendo o dia, apenas alguns funcionários na Doce Demônio permaneciam presentes, fazendo cada um a sua parte, na cooperação da limpeza e organização do espaço. Danilo e Diana ainda estavam no bar.
- Sake, pode deixar que eu termino.
- Tem certeza, Mijikai?
- Claro! Falta pouca coisa e eu moro aqui, né? - Deu de ombros - Não tenho hora pra chegar em casa... hahaha.
- Hahaha. Beleza, então - disse Danilo, enxugando as mãos - Vou aceitar a oferta e me largar pra casa. Hoje à noite te compenso.
- Bem capaz, chuchu! Eu faço isso com o Léo e com o Juan também, nem esquenta.
- De qualquer forma fico te devendo.
Danilo desamarrou e tirou seu avental, envolveu os ombros de Diana com o braço, beijou-lhe o topo da cabeça e bagunçou seus cabelos curtos em seguida.
- Aff! Vai logo, guri! - disse arrumando os cabelos - Antes que eu mude de ideia.
- Já vou, já vou... Até amanhã, Mijikai - despediu-se dela e de quem mais estava por lá e foi embora.
- Muito legal essa relação que vocês têm aqui... - disse Nathalie, ocupando um dos assentos do bar.
- Isso a gente aprendeu com a Wanda. Ela sempre nos tratou como parte da família, mesmo tendo a dela própria, fora daqui - comentou Diana - Tanto pra dar um colo quanto pra puxar a orelha quando acha necessário.
- Trabalhando nesse ramo... - Nathalie pensou um instante antes de continuar - É difícil de acreditar. Parece bom demais pra ser verdade.
Diana terminou de guardar a louça, tirou seu avental e aproximou-se da colega nova.
- Chuchu... cheguei aqui há alguns anos, toda arrebentada, fugida de um marido violento, sem conhecer praticamente merda nenhuma da vida, com o psicológico ferrado... e cheia de preconceitos que eu nem sabia que tinha.
Nathalie estava com os olhos arregalados e debruçada sobre o balcão. As outras gurias foram se aproximando, uma a uma, e acomodando-se em volta dela para participarem da conversa.
- Nem tinha entrado na casa e já tava apavorada, pensando que nunca mais conseguiria sair daqui e que seria obrigada a fazer sexo por dinheiro.
Os seguranças, que ainda estavam lá, despediram-se delas e foram para suas respectivas casas. Apenas algumas das gurias mantinham-se ali, atentas à conversa, as outras haviam se retirado para seus respectivos quartos.
- Mas fui tão bem recebida e bem cuidada que, mesmo depois de me recuperar das minhas lesões, não tive coragem de ir embora.
- Sem contar aquela vez que o Marcão te... - começou Milena.
- É! - Diana interrompeu-a rapidamente - Mas não gosto muito de falar sobre isso - disse acariciando o próprio pulso tatuado com uma flor de lótus - E também não é o momento.