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...Tido muito tempo para pensar, pensar em tudo. Pensar na minha mãe, no que ela falou uma vez, ela me disse que o perdão era tão precioso quanto uma gota d'agua no deserto. Que nunca podemos dar ele para quem nao merece, nunca entendi por que ela falou aquilo, eu tinha apenas 5 anos, não sabia nem oque era perdão, outra vez ela me disse que seu pai sempre lhe dizia que a confiança é tão preciosa, se não tiver confiança você não pode correr atrás de seus sonhos, você nao pode fazer nada. Nesta mesma noite ela disse que a confiança tinha que ser merecida e não doada. Depois de me dar um beijo na testa e saiu do quarto, eu me virei na cama pra encarar o abajur e me perguntei porque ela estava falando isso? E meu pai, sempre tão carinhoso, sentia tanta falta dele quando ele ia viajar, gosto de imaginar que tudo isso é uma viagem que vai acabar, tomara que seja rapido.
Sou interrompida por uma garota que se veste mais como uma prostituta do que uma universitaria.
-Me diga que horas são? Ela manda
-Uma da tarde - digo -Ta bom - ela diz, me olhando dos pés a cabeça - ridicula
Ela e suas amigas rodadoras de bolsinha vão para o centro do Campus. "Campus" digo em voz alta. Já é uma da tarde e não pega bem faltar aula no primeiro dia da faculdade, mas eu não estou com cabeça para isso. Pego na minha bolsa e sigo a pé para a casa da Vovó. Vovó! Pego no meu celular e disco o numero dela.
-Alô vovó?
- Oi Louise, está tudo bem?
-Sim e com você?
-Também, você não deveria estar na aula?
-Não da. Você está em casa?
-Não. Ah, eu arrajei um emprego para você.
-Sério? Aonde?
-Na livraria do centro. Tenho uma amiga lá - diz ela orgulhosa.
-Obrigado - e desligo o celular
Começo a correr em direçao a casa, pego nas minhas chaves e abro a porta, corro para os fundos abro a porta que da seu tipico rangido, tranco - a, e sento no chão, limpo meus olhos com lágrimas e avisto a porta no chão, me arrasto até ali, abro a porta devagar, sinto o cheiro de mofo, e solto minha bolsa no chão, com a embaçada vou direto para o armario, pego o pequeno pote e ligo a luz, sento-me no chão e olho para o pote e digo em um sussuro "Pensar já não é mais o suficiente" abro o pote e pego umas das láminas, olho para meu braço e devagar vou rasgando minha pele, o sangue escorre e faço outra e outra vez, algumas mais fundas outras nem tanto. A sensação é boa e de alívio, ver o sangue escorrer é como, é inesplicável, mas é bom.
Um barulho chama minha atenção, vovó!
Puxo minhas mangas e pego no pote, coloco dentro da mochila e subo as escadas, fecho a porta com cuidado e vou em direção a casa.
-Louise? - vovó pergunta da cozinha
-Estou aqui - digo entrando no banheiro
Tiro meu casaco e puxo minhas mangas. Fico horrorizada, eu havia cortado todo meu anti-braço, o sangue ja secou e fico terrivel, passo água quente por cima, oque arde um pouco, pego na maleta de corativos, e cubro os cortes mais profundos, tampo meu braço e saio do banheiro, vovó vem no corredor com um sorriso.
-O que foi? - pergunto
-Nada, ja que não foi na faculdade poderia ir ver o emprego.
Nota: OLHA EU AQUI BRASEL, obrigada pelas pessoas que estao lendo e votem se gostarem OBRIGADA A MINHA BEST FRIEND FOREVER carolzinhabeis.E amanha tem mais 2 byeeee

Uma solução para os problemas de Louise AbeckOnde histórias criam vida. Descubra agora