༆XLV

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por essa ninguém esperava, não é mesmo?

eu tô sem palavras depois de tudo isso, vcs suportaram 45 caps de pura dor e sofrimento

guerreires


os dias de glória meus amores, os dias de glória

O Grão-Senhor da Corte Noturna esperou até que Amren, Mor e Azriel estivessem preparados e então atravessou com a escuridão em seu encalço. Os pensamentos correndo tão rápido quanto poderia. Um ataque dessa magnitude era algo perigoso, preocupante. Uma catástrofe.

Cretea fora mantida escondida por 328 anos, assim como Drakon, Myrian e seu povo. E então, o maldito conseguiu o livro dos sopros debaixo de seu nariz e invadiu as terras de seus amigos com a mesma facilidade que entrara em Prythian.

As perguntas se acumulavam cada vez mais, e não ter consciência dos planos ou dos modos de seu inimigo era ainda mais frustrante. Cada vez que chegavam a uma conclusão, o plano de Velliard se mostrava ainda mais complexo do que imaginavam. E agora, em posse do Livro dos Sopros, só a Mãe sabia o quanto o maldito se tornara perigoso.

Com sorte, as proteções invocadas ao redor de Prythian não permitiriam que retornasse às terras do continente. Uma garantia de que a guerra poderia ser adiada por tempo suficiente para seus exércitos se recuperarem. Para terem uma chance.

Assim que seus olhos se ajustaram a luz da manhã, os quatro observaram com pesar o tapete de areia estendido a sua frente onde corpos começavam a ser empilhados, o cheiro de sangue se misturando a brisa salgada do mar.

Azriel sentiu o vento forte da maresia agitando suas asas, e aquela inquietação dentro de si aquietou-se. Como se apenas a sensação do vento em suas asas novamente fosse o suficiente para diminuir parte do enorme peso em suas costas.

Abrindo levemente as membranas ainda enfaixadas, deixou o sol da manhã e o vento desvendar o que as sombras ao seu redor escondiam. Morrigan se apressou ao lado de Rhysand, com passadas rápidas se dirigindo às ruas da cidade da ilha.

Construções de pedra com telhas cinzentas, flores pisoteadas ao chão que um dia enfeitaram as ruas principais. O mestre espião se deu conta de que aquela aparência sóbria e pesada não era nem de perto a habitual dos habitantes de Cretea.

Féericos e grão-féericos andavam nas calçadas, juntando pedaços dos escombros de suas casas, ajudando os soldados a retirarem os corpos das ruas. Na praia, atrás de si, mais soldados recolhiam corpos, empilhando como palhas de palmeira.

Alguns se atreviam a encará-los enquanto caminhavam rua a cima, em direção a casa que pertencia ao príncipe Drakon. Amren estava com suas costumeiras vestes cinzentas, mas ao contrário do habitual, os lábios possuíam uma cor mais escura que o vermelho sangue. Uma cor bordô.

Os cabelos pretos curtos cintilantes ao redor do rosto inabalável da fêmea. Os olhos prateados analisando tudo ao seu redor com o olhar crítico de uma anciã. E de fato, aquele velho dragão poderia ser uma.

Algumas pessoas se curvaram quando o Grão-Senhor passou, e Rhys pareceu por um momento abalado por tudo aquilo. Azriel ouvia atentamente suas sombras, esperando por qualquer notícia de Alyn.

Aquele laço dentro de si calmo novamente, como se a carícia tivesse sido fruto de sua imaginação, do desejo que sentia para sentir a parceira, nem que por um maldito minuto. Também queria ir atrás dos Talionis, tentar ajudar a corte de Helion. Mas teve paciência, sabia que Rhysand não perderia muito tempo e logo iria atrás de seu amigo.

A Court Of Fire and Shadows [comeback]Onde histórias criam vida. Descubra agora