Capítulo 2

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Wooyoung acordou com o barulho de água, ele achou que fosse chuva, mas a voz aguda e afinada que se misturava com o som de água o dizia que o seu companheiro de cela estava tomando banho. Ele abriu os olhos com dificuldades já que não conseguiu pegar no sono durante aquela noite facilmente, e quando conseguiu já estava amanhecendo.

Ele se sentou na cama e se espreguiçou, olhou para onde ficava o "banheiro" e viu a coisa mais linda de toda a sua vida, Choi San estava de costas para si com a cortina aberta, era possível ver toda a sua glória, sua bunda em um formato redondinho, suas coxas bem desenhadas, sua costas eram extremamente lindas, sua cintura fina com ombros largos, ali era o paraíso e Wooyoung tinha certeza disso.

Choi San não podia ser um demônio como todos falavam, ele tinha que ser um anjo, o anjo mais lindo e glorioso de todo o mundo e universo. Ele saiu dos seus devaneios quando o Choi se virou de uma vez olhando para ele, Wooyoung desviou os olhos, e olhou para a parede a sua frente.

Ele sentiu suas bochechas esquentarem, – por que caralhos ele tinha que virar agora? Que droga.

Limpou a garganta enquanto ouvia a água ser desligada, ele não olharia para o esverdeado de novo, não agora, não com gotículas de água descendo pelo seu peito, tronco e coxas. O corpo de San o atraia de uma maneira estranha, parecia que eles tinham uma conexão invisível, seus olhos queriam estar nele mesmo contra sua vontade.

– Se você quiser usar o chuveiro está liberado, menino bonito. – Wooyoung assentiu de leve com a cabeça baixa, ainda corado e com vergonha.

Ele se levantou da cama e pegou sua toalha que estava na cabeceira da cama e rumou ao banheiro. Porém, braços tatuados o pararam rodeando sua cintura.

– Me desculpe pelo o que viu ontem, não era pra você estar lá. – San apertou mais seus braços em volta do mais baixo, o puxando para mais perto do seu peito, molhado.

– Eu não faço ideia do que está falando. – Wooyoung torceu para que sua voz não lhe entregasse, ele sabia perfeitamente do que o outro estava falando e desviou o olhar, – qual é o maldito problema dele? Eu não queria ver aquela merda.

– Não se faça de tonto Wooyoung. – Wooyoung sentiu os pelos do seu corpo arrepiarem quando seu nome saiu pelos lábios do outro. San estava só de toalha em sua frente, seu peito tatuado, seus lábios tão perto, seu hálito de menta, sua pele bronzeada tão perto da sua, ele estava morrendo de vontade de passar seus dedos por aquela pele, e deslizar como as gotas de água. San aproximou sua boca do ouvido de Wooyoung e sussurrou – Eu te vi e te ouvi, o seu cheiro era mais forte do que o daquele sangue, e inebriante também, eu nunca iria te confundir menino bonito.

Wooyoung sentia que suas pernas não aguentaria seu próprio peso, quando San soltou sua cintura ele se apoiou na parede atrás de si, Wooyoung percebeu ali, que estava fodido pra um caralho.

– Wooyoung, vamos. – a voz do guarda ecoou pela cela o assustado, ele ergueu as sobrancelhas, ele não tinha feito merda nenhuma pra irem o chamar.

Ele deixou sua toalha em cima da cama e foi rumo ao guarda que o esperava, olhou pro outro por um momento e depois se foi.

Ele tinha uma pequena ideia do que aconteceria, era seu dia da semana, o dia do seu tratamento. Ele suspirou tentando não lembrar da dor que era, ele tentou não lembrar da dor que foi no primeiro dia, da dor em seus ossos depois da primeira sessão. – Eu não irei me permitir sentir, sorria e acene Wooyoung, você é melhor que isso.

Eles passaram por corredores grandes e com inúmeras celas e salas, passaram também pela sala que na noite passada ele viu aquela cena: Choi San com todo aquele sangue e esplendor perante seus olhos. Mas não havia mais nada ali, a porta estava aberta quando passaram por lá, não havia sequer um rastro de sangue.

Joker King | WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora