Afamadas Glórias

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Podiam por bem chamá-lo pícaro
Eis que tinha a brochura em mãos
Da desmazelada estória de sua vida
A de um bucéfalo rude alazão.

Já não compunha mais o tino de outrora
Eis que agora a bela virginal em chamas
O que era incólume agora o punho assanha
E o que foi história agora afamadas glórias.

E num dia desses foi deitar-se ao trigo
A emaranhar-se de esvaí-la em sangue
Animal silvestre não temeu perigo
Agora à lama como um crustáceo ao mangue.

Jamais recebeu como desterro o vil desprezo
E é destro na arte da defesa e jamais pego
O algoz que o alvejou o creu na certa indefeso
mas no fundo da traquitana enclausurado se viu preso.

Saiu de fraque e jamais fraco a ajuntar-se à torcida
E hoje clama sempre aos brados quem é o rei da sua vida
O povo exalta ama eleva e o leva aos braços pela avenida
Tantos abraços lenços laços é sinal que a guerra está mais que vencida.

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Dentro do Vale Profundo da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora