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Maria

-Obrigada Leo, nem sei como te agradecer por isso. - dizia ao telefone

-Eu te devo muito mais que isso Maria, fico feliz por ter dado certo com Arthur. Fica bem, falou. - lhe mandei um beijo e ele desligou.

poucos segundos depois após eu desligar ouvi barulho vindo da porta, Gabriel entrou por ela com um sorriso no rosto e um machucado em cima da sobrancelha.

-Que merda que você já se meteu ein ? - fui abraçar ele que apertou a minha cintura.

-Henrique foi atrás da gente e deu nisso. - ele beijava minha testa - Agradeceu a Leo ?

-Uhum - concordei- tem pouco tempo que desliguei a chamada com ele.

-Que bom que vocês criaram essa amizade. - Gabriel riu - tá com fome ? - ele me encarou e eu concordei - passei no supermercado e fiz compras, mas as coisas ficaram no carro.

-Eu vou lá buscar, toma seu banho. - lhe dei um beijo e peguei a chave do carro pra descer.

Não tinha muita dificuldade já que o elevador saia dentro do apartamento, era só colocar as sacolas lá e acabou.

eu desci o elevador direto na garagem e fui atrás do carro de Gabriel, abri a mala e peguei as sacolas de compras, fui chamar o elevador e acabei esbarrando em um homem que também estava indo chamar o elevador.

-Ai me desculpa! - me abaixei pra pegar uma sacola que caiu e ele acabou abaixando também.

-Me desculpa eu, estou no mundo da lua. - aquele sotaque e a dificuldade de falar o português não me era estranho, quando levantei o olhar me dei conta de que era ele. Zion.

-Maria ? - ele me encarava - quanto tempo!

-Ne. - sorri frouxo

- Você tá morando aqui ? - o elevador chegou e ele deu passagem pra eu passar e entrou logo em seguida

- Não, o Gabriel está!

- Ah, e vocês estão juntos ? - ele indagava

-Sim, estamos. - sorri pra ele e vi sua cara murchar. Graças a Deus o andar dele chegou e ele se despediu com um beijo no meu rosto e saiu.

O elevador abriu e eu entrei, estava um silêncio e nem barulho do chuveiro dava pra ouvir, ou Gabriel saiu ou ele morreu.

-Gabe ?? - o chamei e nada

Fui até a cozinha e deixei as sacolas lá, tirei as coisas de dentro e guardei nós armários e coloquei a cerva pra gelar.

lavei as mãos e fui até o quarto procurar por Gabriel que não me respondia.

abri a porta com cuidado e encontrei o bonitinho deitado na cama com a toalha enrolada na cintura e morto de dormir.

foi inevitável não abrir um sorriso no meu rosto ao ver ele ali daquele jeito. Tentei acordar ele com cuidado pra poder se vestir mas ele literalmente estava morto e reclamou.

então eu tirei a toalha molhada da sua cintura e o enrolei com o edredom, ele ia dormir nu mesmo.

desliguei a tv e a luz do quarto e fui pra cozinha comer já que ele tinha comprado comida mesmo.

peguei meu celular pra falar com minha mãe e avisar que estava tudo bem e vi uma mensagem de gabi que estava chamando a gente pra um churrasco amanhã de tarde na casa do Arthur.

provavelmente é a comemoração do bonito depois de tudo o que rolou.

confirmei que iria e fui terminar de comer meu sanduíche, peguei a cerva que já estava geladinha e um amendoim e fui pra salar procurar alguma coisa pra assistir.

Nada melhor do que a minha própria companhia e um tempo sozinha pra poder pensar na vida.

Acabei lembrando da força que Leo estava dando pra gente quando era necessário, ele sempre estava tentando se desculpa pelo o que rolou e eu acredito que ele se culpa até hoje por isso.

Diego ainda está um pouco assustado com tudo mas nada que o tempo não resolva, querendo ou não essa foi a melhor opção de vida pra ele.

Acabei adormecendo ali pelo sofá mesmo, durante a madrugada eu senti alguém me carregando, abri o olho devagar e era Gabriel me levando pro quarto.

ele me colocou na cama e logo deitou do meu lado me abraçando e ficou fazendo carinho em mim que acabei dormindo novamente.

Colega de quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora