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Maria

E

u estava me dando bem com Gabriel, sem ninguém forçar nada e sem a gente forçar algo, o papo estava rolando e estávamos entregue a ele.

-Ele não para de olhar pra você. - disse apontou com os olhos para Zion

-Ele é gente boa, vocês tem que dar um chance.

-Vacilou de primeira não merece segunda chance. - Thomaz brincou

-Olha quem fala, você só vacila e mesmo assim todos lhe damos segundas chances.

-Rapaz tu tá que tá ein loirinha. - ele botou a mão no peito se fingindo de ofendido

- Aqueles dois será que voltam ? - perguntei

-Arthur me mandou a localização em um motel, eles voltam é porra. - Thomaz disse e Gabriel deu um pulo

-Como é que é ? - ele puxou o celular da mão de Thomaz

-Gabrieli, vai agora pra casa sua pirralha, se eu te encontrar eu te desço a porrada Arthur. - ele mandou um áudio e depois começou a rir

-Caralho menó, achei tu tava pistola mesmo. - Thomaz olhou assustado

-Eles praticamente já transaram na nossa frente aquele dia que fomos no mercado, Arthur é gente fina eu confio no meu brother.

-Confia até a mina brotar daqui a 9 meses com um fii na barriga.

-Ai o problema é deles, só não quero ver ela sofrendo. - encarei Gabriel falando daquele jeito tão fofo e protetor, não sei o que foi mas só me deu vontade de agarrar ele e enfiar minha língua na sua boca.

Dei um gole na minha bebida, colocou a mão no seu rosto e o virei delicadamente pra mim, puxei seu rosto pra perto do meu e me aproximei aos poucos dele, grudei nossos lábios em um selinho que logo se formou um beijo calmo e cheio de vontade com saudade.

Paramos o beijo quando não houve mais fôlego e Gabriel logo abriu um sorriso, olhamos pra Thomaz que nos encarava de boca aberta.

-Caralho, depois dessa eu vou até me retirar. Flw casal. - ele se aproximou e se despediu da gente

-Eu gostei disso, faz de novo. - Gabriel se aproximou de mim e eu rir

-Você se aproveita mesmo ein. - ele riu e me deu mais um beijo

Ficamos em um grude durante a noite e só percebemos que estava tarde quando o espaço já estava vazio, pegamos nossas coisas e saímos.

Estávamos atravessando a rua para ir até o carro de Gabriel quando me deu um arrepio dos pés a cabeça, a mesma sensação de sempre de estar sendo observada.

Apertei minha mão na de Gabriel entrelaçando nossos dedos e grudando meu corpo ao dele, ele me olhou sem entender mas apenas continuou andando.

-Ta tudo bem ? - ele me encarou ao entrar no carro e eu balancei a cabeça negativamente - o que foi ?

-To com uma sensação estranha, de que tem alguém observando a gente.

-Ta doida Maria ? Como assim ?

-Ta acontecendo a alguns dias, eu ando na rua e sinto que tem gente me observando, eu não sei dizer. - minha voz era trêmula.

-Calma, tá tudo bem e eu estou aqui com você.

-Não quero ir pra casa. - susurrei

-Tudo bem, quer ir pra um hotel ?

-Você fica comigo ? - encarei ele quase que implorando pra ele dizer sim

-Claro! - se aproximou me dando um beijo na testa e deu partida no carro.

O caminho inteiro eu fui mais quietinha, aquilo estava me incomodando e chegou até a me dar raiva, porque essas coisas sempre acontecem comigo ?

Fomos pro hotel e ele me entregou o cartão do quarto enquanto ficou lá embaixo resolvendo algumas coisas, eu nunca tinha passado uma noite em Hotel do nada.

Sempre era em viagem ou quando a casa estava em reforma, e agora eu estou indo dormir em um hotel simplesmente do nada por sentir que estou sendo observada.

Entrei no quarto já tirando meu salto pra relaxar e fui no banheiro tirar a maquiagem do meu rosto, tirei minha roupa e me enrolei em um roupão esperando por Gabriel. Alguns segundos depois ele entrou no quarto.

-E aí, tá mais tranquila ? - ele perguntou ao entrar e eu balancei a cabeça positivamente - O serviço de quarto vem daqui a pouco trazer uma comida pra gente, e o homem da recepção falou que tem uns pijamas dentro do armário se precisar.

-Gracas a deus, estava imaginando se eu ia ter que dormir com esse vestido apertado. - reclamei

, mas se quiser dormir sem roupa... - ele me olhou com uma cara de safado e eu rir jogando uma almofada nele.

-Vou tomar um banho.... Você vem ? - Gabriel não disse nada, apenas tirou sua roupa na velocidade da luz e entrou no banheiro comigo.

Ficamos trocando carícias e beijos enquanto a água caía sobre nós.

-Como é essa sensação que você tem ? - ele perguntou

-Eu não sei, parece que meu corpo sabe que tem algo de errado, primeiro eu fico meio que paralisada olhando prós lados procurando por alguém, e depois meu corpo se arrepia por inteiro e chega até a doer um pouco a minha cabeça.

-Você fala sobre isso com sua psicóloga ?

-Ja conversei com ela sobre isso...

-Não tem um pirulito estranho que faça isso parar ? - ele riu

-Não, por mais que ela tente me ajudar a sensação não some. - ele me deu um selinho 

-Enquanto eu estiver perto de você eu vou cuidar de você, ok ? - assenti e ele me puxou para um beijo.

Saímos do banho relaxados e no momento certo em que a moça trouxe comida pra gente, devorei tudo sem nem pensar duas vezes junto com Gabriel.

Adorava a nossa parceria quando se tratava em comer, virávamos dois bichinhos.

Escovamos os dentes e nos deitamos juntos na cama, Gabriel inventou de contar uma história pra eu dormir e contou sobre a branca de neve.

Eu acabei pegando no sono na metade da história enquanto ele fazia um cafuné muito gostoso no meu cabelo e massageava o meu ombro, ele colocou sua perna por cima da minha cintura como de costume e dormirmos agarradinho.

Colega de quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora