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Mari🌙

Cantávamos e dançávamos na roda de acústico, estava tudo tão bom que eu não queria ir embora nunca dali.

-daqui a pouco nós vamos ter que ir-Arthur quebrou o clima

-alguém viu a Ana ? -Thomáz perguntou

-encontrei ela aqui faz uns minutos ela estava abalada mas não quis conversar... foi embora- gabi respondeu e eu olhei sem entender

-o viado do Gabriel sumiu também, galera fica sumindo.... na hora de ir embora quero ver- Arthur completou

-tá, eu e mari vamos atrás do gaabi e vocês tentam contato com a louca da Ana pra saber se ela chegou bem.- gabi me puxou pela praia

Procuramos o Gabriel em cada canto daquele luau, e ele não estava lá por nada desse mundo. Continuamos procurando até a gabi ficar com vontade de fazer xixi e tivemos que ir até os banheiros químicos.

-vai rápido amiga!- ela entrou lá e fiquei na porta esperando

Quando ela saiu vimos o banheiro do lado balançar, e olhamos sem entender até ouvirmos gemidos e entender o que estava acontecendo ali.

-puta que pariu!-ela disse rindo- quem é que transa em banheiro público?- rir junto com ela

Ficamos ouvindo e debochando até virmos a porta abrir e a menina sair de lá, fechamos a cara e fingimos estar conversando até ver o Gabriel sair de dentro do mesmo banheiro.

-Gabriel??????????- gabi gritou encarando ele que virou e ficou com a cara no chão, a menina revirou os olhos e saiu.

Puta!

Quer dizer,NÃO! Retiro o que disse.

-o que vocês estão fazendo aqui? - ele perguntou

-procurando você, nunca imaginei que iria te encontrar fudendo no banheiro público- gabi respondia e eu so ficava calada

-não enche Gabrieli! Bom, me acharam né? Vamos.

Ana

-Você mudou muito meu Deus ! - ria enquanto olhava as fotos de Tobias na pré adolescência e comia batata frita.

-por isso escolhi educação física, fui muito zoando na faculdade por ser essa bolinha aí - ele ria comigo e bebia milkshake

-muito obrigada! Você melhorou minha noite que tinha tudo pra acabar comigo chorando no travesseiro.

-bom, minha mãe me ensinou ter um bom coração e sempre ser um galã com as meninas! - ele se gabava

- ela deve ter muito orgulho de você! Dessa pessoa que você se tornou, mesmo de longe.- sorri amigável pra ele

-ela se foi mas deixou a melhor versão dela aqui, palavras da mesma na carta que me deixou.- ele dizia calmo mas percebia a angústia em sua voz por tocar nesse assunto.

-você não gosta de falar nisso né?

-É difícil aceitar que minha mãe se suicidou por sofrer tanto na mão de um homem... mesmo depois de tanto tempo, ainda dói - seus olhos marejaram

-tá tudo bem! Me aproximei e abracei o mesmo, sentia sua respiração pesada na minha costa nos afastamos lentamente do abraço e encostamos um rosto no outro. Ficamos nos olhando por uns 20 segundos e eu me afastei.

-então... acho que tá na hora de te deixar na escola né ? - ele mudou assunto

- é acho que sim! - dei um sorriso de lado, ele ligou o carro e seguiu caminho até a escola.

Colega de quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora