α noivα do meu melhor αmigo. - Noαvαni

06

Noah Urrea

Depois daquela loucura toda decidir dar uma volta pela cidade para parar de voltar no momento em que vi ela apenas de lingerie, seu corpo havia mudado tanto mas confesso que nunca esqueci as pintinhas sobre sua barriga.

Andando e observando o centro lembrei como aquilo tinha mudado,  tantas lojas que eu mesmo nem lembrava. Suspiro sentando em um dos bancos da praça. 

As vezes bate um certo arrependido de ter vindo pra cá, eu deveria ter continuado na Austrália.

— Posso me sentar aqui ? - Uma jovem de cabelos loiros pergunta.

— Ah, claro. - Sorrio dando um espaço.

Ficamos alguns minutos em silêncio até perceber que ela gostaria de falar alguma coisa.

— Não sentou do meu lado por acaso né ? - Seguro o riso enquanto a observo.

— Na verdade não. - As bochechas coraram. — Eu queria saber se você poderia me passar seu numero e ja logo peço desculpas se tiver namorada...

— Não tenho. - Sorrio estendo a mão para pegar seu celular e anotar.

Ficamos um bom tenho conversando sobre assuntos aleatórios. Descobri que morava na Alemanha mas preferiu começar a sua vida aqui mesmo e que faz pouco tempo que chegou. Seu sorriso era lindo, o jeito como ela colocava as mechas do cabelo para trás também. Quando percebemos que estava tarde demais decidimos tomar nossos rumos e marcar alguma coisa nos proximos dias.

O elevador abriu no andar desejado e já senti um embrulho no meu estômago, suspirei varias vezes até tocar a campainha, eu ainda não tinha as chaves, na verdade eu com certeza não terei.

Shivani toda descabelada abre a porta, provavelmente estava dormindo.

— Desculpa eu...

— Relaxa. - Ela ri. — Preciso de dar uma copia das chaves. - Anda até o sofá e se embrulha de baixo das cobertas.

— Ah não, está assistindo Harry potter?. - Eu lhe encaro.

— Estou... - Diz rindo.

— Certas coisas não mudam né. - Balanço a cabeça e caminho em direção a cozinha.

— Bailey te mandou alguma mensagem ? - Havia preocupação em sua voz.

— Não, por que ? - Fuço as panelas.

— Ele não me mandou nada hoje, disse que a família estava no seu pé.

— Bom, se realmente disse isso é verdade. - Cruzo os braços no batente da cozinha conseguindo enxergar ela no sofá. — Está com medo de algo ?

— Não é que as vezes acho que a mãe dele não aceitou muito bem, ela sempre consegue nos afastar sabe.

— Normal. - Dou de ombros. — Deve estar querendo aproveitar os últimos dias dele na casa dela.

— É, deve ser. - Morde o lábio levemente.

— Posso assistir com você ? - Pergunto com certo receio.

— Claro. - Da um espaço para eu sentar.

Ficamos em silencio prestando atenção nos filmes, confesso que apenas meus olhos estavam focados pois a minha cabeça não. Alguma coisa acontecia quando ficava perto de Shivani, dava claramente para perceber que ela sentia a mesma coisa, conseguia ver sua impaciência. O clima não era confortável.

Ao nos dar conta, nossos rostos estavam a centímetros de distancia, a respiração se misturava, os lábios queriam se encostar de qualquer forma, conseguia sentir o desejo do seu corpo vindo para fora.

O barulho de chaves na porta fez com que voltássemos para o presente e nos afastarmos.