POW - Maite Perroni

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Senti os braços de Christopher me envolverem por trás e sua boca alcançar o meu pescoço. Sorri e fechei os olhos deixando que o meu corpo se deliciasse com aquela sensação que só ele conseguia me proporcionar. Mas logo me afastei um pouco.
– Chris – eu me virei para ele passando os olhos pelo lugar onde estávamos – Não faz assim.
– Desculpa – ele sorriu antes de me beijar novamente – É que você me faz perder o controle.
Eu acariciei seus braços rindo, antes de voltar ao que estava fazendo antes dele se aproximar. Dei alguns passos e parei em frente a um vidro enorme onde um cavalo marinho nadava sem preocupação nenhuma.
– Olha pra ele – Christopher disse parando ao meu lado – Não deve ter problema nenhum.
– Você diz como se tivesse muitos – eu o olhei, interessada.
Christopher se virou para mim e por um momento eu tive certeza que ele fosse falar alguma coisa. Mas logo sua expressão mudou e ele sorriu.
– Não tenho problema nenhum. Eu tenho você e isso me faz esquecer o resto.
Eu desviei os olhos do rosto dele, sorrindo. Christopher levou uma mão até os meus cabelos e beijou a minha cabeça com carinho.
– Você costuma vir sempre no aquário? – eu perguntei tentando não parecer muito boba.
– Meu pai me trazia aqui quando eu era mais novo. Antes que ele se casasse com a Jane.
Percebi a magoa na voz dele ao dizer a última frase.
– Jane?
– A mãe da Belinda – ele respondeu me puxando para um banco próximo.

– Não gosta dela – eu afirmei o olhando nos olhos. Aquilo estava explicito em seu rosto.
– Não é isso – Christopher murmurou acariciando a minha mão – Ela pra mim é uma completa estranha. Não consigo vê-la como parte da família.
– Por quê? Você e Belinda parecem se dar bem.
Christopher que olhava atentamente para as nossas mãos que estavam entrelaçadas levantou o rosto para me olhar rindo.
– Não nos damos bem Maite. Ninguém consegue se dar bem com Belinda – ele parou e suspirou – Digamos que ela é um pouco geniosa demais.
Eu franzi meu cenho, me surpreendendo com aquelas palavras.
– Ela sempre foi muito gentil comigo.
Christopher me puxou delicadamente para os seus braços, alisando os meus fios negros devagar.
– O problema de Belinda é que ela não sabe perder.
Senti a amargura na voz dele ao dizer aquilo, mas não consegui compreender por que. Preferi não tocar no assunto: não queria me meter em brigas de irmãos. Aproximei meu rosto ao dele e rocei nossos lábios antes de beijá-lo devagar.
– Eu tenho uma coisa pra você – Christopher sussurrou segurando o meu rosto com delicadeza – Mas é surpresa.
– E onde está? – perguntei olhando para os lados fazendo com que ele soltasse uma risada.
– Não está aqui. Te darei amanhã quando sairmos.
– Vamos sair amanhã? – arregalei meus olhos e sorri.
Sempre fui de ficar em casa, mas com Christopher era diferente. Queria ficar perto dele todo o tempo, senti-lo o tempo inteiro. Ele havia feito alguma coisa pra mim por que eu já não me reconhecia mais.
– Se você aceitar – ele soltou um sorriso de canto que fez meu corpo se arrepiar

Cruel Intentions (Romancier)Onde histórias criam vida. Descubra agora