- Chapter 11 -

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Capítulo não revisado

Madelaine's P.O.V (pointe of view - ponto de vista)

Uma floresta sem fim, o lua cheia e brilhante e vozes e cheiros que eu não conhecia. Estou em um bosque sinistro, totalmente escuro se não pela grande e magnífica luz refletida da lua que me transmite um sensação poderosa e libertadora. 

Meu ponto de visão é como se eu fosse mais baixa, mas eu consigo ouvir, ver e sentir melhor do que nunca e, por mais que a noite escura me assustasse, aquele parecia ser meu habitat natural. Um espírito livre correndo sem preocupações ou nada para me segurar. Nada de acidente, nada de escola nova, nada de Tyler, somente eu. 

Vago pela floresta sentindo o vento sobre minha pele, quando algo atiça meus sentidos. Um cheiro familiar, como se eu própria estivesse me chamando, então eu sinto. Eu sinto a disputa entre dois homens, um exalando raiva e descontrole e o outro preocupação e curiosidade. Mas estava tudo tão confuso, não consegui discernir ao certo quem eram, então minha curiosidade falou mais alto e me agarrei àquele sentimento familiar e corri até onde os dois estavam e observei pacientemente. 

A discussão dos dois rapazes foi rapidamente interrompida com uma flecha rasgando o vento e acertando o braço de um dos homens; naquele instante eu tive um vislumbre claro de que aquele ser não era humano, mas fez com que eu me apavorasse, na verdade me faz ficar irritada com aqueles que atiraram. Eu sabia que conhecia o jovem, mas todos meus sentidos me enganaram e minha mente estava uma bagunça, não conseguia o assemelhar a qualquer um que eu já tenha visto. Mas uma coisa eu sentia, eu sentia como se a flecha tivesse me acertado, como se a dor que ele sentisse estivesse de certa forma conectada comigo. 

Exalando raiva e sendo controlada pela necessidade de sobrevivência de meu companheiro, fiz a primeira coisa que veio em mente: eu gritei e gritei o mais alto que pude, mas minha voz saiu em formato de algo semelhante a um uivo. Bem pelo menos isso serviu para fazer com que o grupo de pessoas armadas mudassem de alvo, o que eu tenho que admitir, não foi minha melhor ideia. 

Até aquele momento eu me sentia inabalável, como se eu não pudesse ser atingida, mas aí me acertou, a imagem de Emma entre aquelas pessoas, a que atirou no jovem e que possuía uma feição assassina no rosto. Era como se ela não me conhecesse e eu fosse um inimigo, pois ao por os olhos em mim, tenho certeza que a ouvi grunhir, então eu só corri.

 Corri o mais rápido que pude, tentando evitar as lágrimas que caiam de meus olhos e afastando o pavor de ser morta por minha própria família. Achei que os havia dispersado, mas então uma dor alastrante me atingiu e me vi caída em uma clareira aberta com sangre jorrando de minha perna, não era uma flecha, mas ainda assim ardia como fogo. Urrei de dor, mas continuei correndo, ou pelo menos tentando e aí...aí tudo virou um borrão.

- Maddie! - Gritou Emma me chacoalhando na intenção de me acordar - Madelaine! - Chamou-me novamente preocupada. Quando abri os olhos e minha visão se adaptou à luz do ambiente, vi minha prima com uma feição assustada, mas ao olhar para seu rosto tudo que lembrei foi de sua aparição em meu 'sonho'. - Maddie... - Disse ela e me abraçou, afundando sua cabeça eu meu pescoço, eu não sabia o que fazer, então não retribui. - Eu ouvi você chorando, vim pra cá e você estava molhada de suor. - Explicou aflita. - Tem ideia do que sonhou que te deixou assim? - Eu não queria contar à ela sobre o pesadelo, então apenas neguei com a cabeça. - Tudo bem, eu só...eu só fiquei fiquei muito preocupada. - Afirmou sinceramente.

- Onde você estava ontem à noite? - Perguntei sério, fazendo a primeira pergunto que me veio à cabeça.

- Eu...eu te disse que eu estava de plantão ontem. - Afirmou nervosa e com certeza pega de surpresa, o que só poderia significar uma coisa, ela estava mentindo.

𝓣𝓱𝓮  𝓞𝓽𝓱𝓮𝓻  𝓖𝓲𝓵𝓫𝓮𝓻𝓽Onde histórias criam vida. Descubra agora