Novas Promessas

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Aquela sensação nova ainda era estranha, mas de fato era reconfortante. As próximas noites foram mais quentes, mas tranquilas. A presença de NamJoon era tão necessária, eu não fazia ideia do quanto. Como prometido, ele estava lá, sempre. Isso aquecia meu coração. Ele retomou o trabalho na cidade, indo pelas manhãs, e voltando antes do jantar, as vezes chegava perto do almoço e passava o resto da tarde comigo. Eu gostava de ser o centro de suas atenções, mas sabia que ele ainda se sentia um tanto culpado por tudo. E talvez seja por isso que estava agindo estranhamente animado naquela manhã de sábado. 

Retomei a minha rotina de leitura. Acordava com NamJoon, nos beijávamos e então nos despedíamos. Eu o acompanhava até a porta, e logo que ele partia, eu voltava para a cama. Acordava de novo pelas nove. Yujin vinha com um chá todas as vezes, me perguntando se eu precisaria de algo ou o que desejava para o almoço. Suspirava todas as vezes, e respondia a mesma coisa. "Estou bem, e sobre o almoço, algo delicioso", Yujin odiava essas respostas. Me vestia e então me enfiava na biblioteca. Alguns dias após meu cio, recebi Yoongi em casa, e ele me contou que estava oficialmente sendo cortejado por meu irmão. Um alívio percorreu meu peito, e deixei que ele falasse por horas sobre tudo. Pensei em meus irmãos também, claro. O último encontro não terminara bem, e eu me pergunto como JungKook estava. Deveria fazer uma visita depois.

Pois bem, com tudo parecendo normal e tranquilo, o final de semana chegou, e eu somente desejava ficar quietinho na cama. Tenho me sentido mais cansado que o comum. Porém, destruindo todos os meus planos, NamJoon estava ansioso para algo. Eu conseguia ver e sentir sua empolgação esquisita, e me perguntava se deveria o questionar sobre. No almoço, na mesa, ele parecia distante, pensativo, mas suas expressões mudavam de forma engraçada. Sorrisos, testa franzida, mais um riso, e então preocupação, e mais sorrisos. Quis rir, pois ele parecia estar anestesiado com alguma droga medicinal. E então, segurei sua mão, atraindo os olhos escuros pra mim. 

-Joonnie. - chamei. Sua face confusa era fofa. -Está tudo bem? - questionei. 

-Hm? Ah, sim, sim. - respondeu, perdido. 

-Então por que parece estar numa peça de teatro? - não pude evitar um riso. Ele riu derrotado e abaixou a cabeça brevemente. -Ei, pode me falar. - aleguei, apertando sua mão na minha. Ele ergueu o olhar de novo.

-Eu preparei algo pra você. - contou, e notei uma certa insegurança em sua voz. -Pra nós, na verdade...

-Oh! - aquilo de fato me pegou de surpresa. Sorri fraco, subitamente tímido. 

-Eu estava pensando em como o levar até lá sem ter que contar que era uma surpresa. - murmurou, e eu ri.

-É muito longe? - perguntei.

-Eu quero levá-lo até o campo de lavandas. - ele disse. -É mais perto do que parece, eu juro. - ele riu. 

-Vou fingir que não me contou sobre a surpresa, e então você pode me chamar para cavalgar. - sugeri, sorrindo. NamJoon riu soprado, e eu soltei sua mão voltando a comer a sobremesa. 

-Jinnie? - chamou, e eu me virei para ele, sorrindo inocentemente. 

-Sim, querido? - devolvi, vendo o ri descrente.

-Gostaria de cavalgar comigo esta tarde? - convidou.

-Hm... - murmurei. - Não sei, estamos entrando no outono, pode chover. - resmunguei. 

-Sério? - perguntou desacreditado. Lhe olhei por alguns segundos e então ri alto. 

-Desculpe, não pude evitar. - ri um pouco mais. -Claro que eu aceito. - sorri. -Desde que você não me irrite, acredito que seja uma boa ideia passearmos juntos... 

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