SeokJin's view.
O outono era uma boa época do ano, em minha humilde opinião. O vento ainda fresco, as cores vibrantes e quentes, as frutas... Particularmente, o outono me gradava bastante.
Era uma manhã gostosa de quinta. Ainda era cedo e eu me enrolava nos lençóis da cama macia e quentinha. Penei para abrir os olhos, mas ao fazer, encontrei a janela grande do quarto. As cortinas ainda fechadas indicava que era bem cedo. Me aconcheguei mais a um travesseiro, me surpreendendo ao sentir subitamente um puxar manhoso.
Pensei no calendário novamente. Tinha certeza de que era quinta-feira, um dos únicos dias em que Kim NamJoon, meu marido, acordava mais cedo que o sol para adiantar seus afazerem na companhia cafeeira na cidade. Mas, aparentemente, ao contrário do itinerário, eu tinha certeza de que o alfa estava bem ali, sonolento, enrolado em meu corpo, como se fosse uma manhã de domingo, onde não saíamos da cama antes das onze.
Respirei fundo, confuso, porém gostando de acordar com aquele aperto bom. Acariciei seu braço forte antes de me virar para ele. Joonnie estava parcialmente despido. Seu peito nu era uma visão agradável pela manhã. Toquei sua pele quentinha, e então ergui o rosto para vê-lo sorrir ainda com os olhos fechados.
Estava desperto, é claro.
-Hoje é quinta. - sussurrei, notando minha voz ainda tomada pelo sono.
-Obrigado por me dizer, mas eu já tinha conhecimento. - devolveu, me apertando um pouco mais. Sua respiração pesada era fofa.
-O que ainda faz na cama numa quinta-feira? - insisti em saber. Meu alfa então suspirou, sabendo que eu não desistiria de obter tal informação. Ele então abriu os olhos, piscando algumas vezes e sorrindo ao me ver.
-Não posso decidir fugir do trabalho para ficar com você? - ele riu fraco.
-Pode, mas a grande questão é: por quê? - revidei.
-Porque eu te amo? - sua resposta me fez sorrir. -Meu pai está na cidade, e eu pedi a ele que liderasse os negócios. - explicou, erguendo a palma para ajeitar meu cabelo, mesmo sendo um esforço em vão.
-O que o trouxe? - perguntei, me aconchegando em seu peito, deixando um selar ali.
-Meu pai ômega viera para averiguar a manutenção da casa da família na cidade. - ditou, fazendo-me franzir o cenho e me afastar.
-Por que TaeHyung não realizou o serviço? Afinal, ele já está aqui. - argumentei, vendo então meu marido franzir o cenho. -O que?
-Querido, Tae voltou para nossa residência oficial. - contou. -Retornou tem alguns dias. Achei que ele houvesse lhe mandado uma carta. - me afastei ainda mais, e sentando na cama.
Tae havia voltado? Mas por quê?
-O que o fez voltar? - questionei.
-Ele não disse muito, mas acredito que tenha a ver com o pretendente de Seul. - disse. Então arregalei os olhos.
-P-Pretendente? - repeti.
-Por que parece tão assustado? - Joon então se sentou junto a mim, segurando minhas mãos. Seus olhos me fuzilaram e eu suspirei.
-Ele não lhe disse nada mais? - perguntei.
-Jin, está me deixando preocupado. Há algo que eu deveria saber? - perguntou então.
-Acredito que não... - respondi, pensando. -Preciso ver meus irmãos. - disparei, empurrando os lençóis com pressa para sair da cama, mas impedido por meu marido.
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Burn
Fanfiction[CONCLUÍDA] Um casamento arranjado. Não me era uma novidade. Eu cresci sabendo que estava noivo, mas não esperava perder toda a compostura com aquele com quem me casaria. Seus olhos me traçaram no instante em que grudaram em mim. Eu senti tudo expl...