11.

4.7K 535 332
                                    

Primrose lia uma carta de sua irmã mais velha, como de costume, a mesma reclamava do quanto sentia falta da caçula e que não via a hora do Natal chegar. Mas tinha uma coisa que realmente chamou sua atenção, Petúnia Evans sairia em um encontro.

- Uau, um encontro?- A ruiva sussurrou para si mesma enquanto passava os olhos pela carta de sua irmã mais velha. - Valter Dursley...Nome interessante.

– Bom dia Little Evans.- James se sentou ao lado dela, ignorando os olhares feios que os sonserinos lançavam.

– O que está fazendo aqui?

– Só avisando que a aposta está quase acabando...E por enquanto estou ganhando.

– Eu não me gabaria muito.- Ela olhou em seu relógio de pulso. – Hora do show Jay.- Quando Minerva adentrou o salão principal, Prim pegou seu violão que estava na sua mochila que havia um feitiço de extensão, e saiu correndo para a frente de todos os alunos e professores.

E então, começou a cantar, seu olhar desviava a Severus Snape. O sonserino tentava fazer as pazes com a garota desde quando a xingou de "sangue ruim", mas ela não era nada fácil em perdoar. Ao invés disso, fez uma música, colocou tudo o que sentia na letra.

James demorou a entender que se tratava de Snape, e por um tempo, sentiu ciúmes. Ele queria que a música se tratasse dele, não do idiota do ranhoso. Mesmo que a Evans falasse coisas terríveis, o Potter queria que a música fosse sobre ele.

Depois da cantoria, a mesma fez uma reverência e ouviu algum professor dizendo o horário de sua detenção, como estava contando com isso, deu um sorriso quando pegou o braço do grifinório e saiu correndo em direção ao lago negro.

– Então...Você e o ranhoso?- O garoto ficou boquiaberto quando a ruiva concordou com a cabeça. – Não tinha ninguém melhor? Com certeza você deve ter muitas opções.

– Foi por um mês se não me engano, eu queria uma distração e ele fingia que eu era a Lily...Muitos casos assim já me ocorreram.

– Se sabia, por que continuava?

– Quando não se tem nada, você se contenta com migalhas. Por que acha que estamos aqui? Acha que eu não sei que você faz o mesmo?

– Eu não finjo que você é a Lírio!

– Até quando? Me responde! Até quando vou ser só a Primrose e não a garota que você se contenta por não conseguir tê-la?- Silêncio, nada mais que o silêncio. Prim revirou os olhos e respirou fundo, obviamente isso já havia se passado por sua cabeça, mas ela não se importava, nunca se importou por ser sempre a segunda. – Me desculpa, não deveria falar assim.

Little...Rose. Eu não finjo que você é ela, nem quando te beijei. Nunca fingi, tudo foi real.- Ele pegou na mão da mesma e sorriu sem mostrar os dentes.

– Promete?

– Prometo.

Primrose finalmente conseguiu sorrir, um sorriso verdadeiro que queria escapar a semanas. E por impulso, decidiu beijar James que recuou em surpresa do ato. Isso a deixou confusa e furiosa, então a garota se levantou e saiu batendo os pés.

– O que foi que eu fiz agora?- O Potter murmurou para si mesmo.

– Você a envergonhou, foi isso que você fez.- Sebastian abaixou lentamente o profeta diário enquanto o encarava. – Ela baixou a guarda e você simplesmente não ligou.

– Se quiser conseguir o perdão dela, precisa fazer algo que também te envergonhe, se não, não vai adiantar nada.

– Acha que ela está tão brava assim?- James perguntara preocupado, Louise apenas apontou para a ruiva que estava no corredor.

– Sai da minha frente!- Prim brigou com um garoto da corvinal que estava passando, ela o jogou contra a parede e saiu andando enquanto revirava os olhos.

– Estou ferrado.- O Potter passou as mãos nos cabelos castanhos.

– Seja mais otimista!- O Nott falara, voltando a ler o profeta diário.

– Estou ferrado.- Dessa vez, James cantarolou em um som irônico.

— Melhorou.- A Parkinson dera risada.— Então, no que está pensando? Porque também precisamos nos desculpar.

James ficou quieto por um tempo, pensando no que poderia fazer para conseguir o perdão de Primrose Evans. Isso só havia acontecido por causa de uma música, então acabaria por uma música.

— Tive uma ideia, preciso que leve ela para o campo de quadribol.

— Não vai ser fácil...Mas prometemos tentar.- Garantiu Sebastian.

Regulus, Sebastian e Louise arrastavam a garota de cabelos ruivos até o campo de quadribol, enquanto ela se debatia freneticamente em uma tentativa desesperada de se soltar. Ela não queria falar com nenhum deles naquele momento.

— Eu vou gritar para a tia Minnie e falar que vocês estão me sequestrando!- Prim os ameaçou e percebera que não funcionou quando eles a ignoraram.

— Sei que ultimamente estamos sendo péssimos amigos, mas da pra parar de reagir? Estamos tentando fazer uma coisa boa.- O corvino soltou o pulso da mesma.

— Não preciso da caridade de vocês, estou muito bem sozinha.

— Mas nós não estamos bem sem você.- O Black admitiu. — Sabia que não estou conseguindo dormir direito?

— Acha que eu não escuto a sua namorada murmurando para as amigas? Ela fala que todas as noites você levanta e sai andando pelo castelo. O problema de vocês é só me procurarem quando precisam, sempre estou aqui para cada um...Mas quando eu preciso de alguém, todo mundo evapora.- Antes dela conseguir falar mais alguma coisa, ouviu uma voz extremamente familiar vindo das arquibancadas...Cantando "I Love You Baby" do Frank Sinatra. Era James Fleamont Potter.

Sirius, Remus e Peter começaram a tocar alguns instrumentos trouxas enquanto James continuava a cantar com a varinha na garganta, fazendo sua voz ecoar por todo o campo.

O garoto apontava para Prim e dançava enquanto trocava de arquibancadas, ele começara na da grifinória e pulou de uma em uma, tomando todo o cuidado possível para não se machucar.

Quando a música acabara, a professora Minerva estava ao lado de fora encarando o Potter, obviamente a mesma segurava o riso.

A Evans apenas assentiu lentamente com a cabeça, deixando claro que não estava mais brava. Ninguém nunca havia feito isso por ela, ninguém nunca realmente se envergonhou por sua causa...

Não é possível! Prim pensou consigo mesma. Não posso estar ... Apaixonada? Essa é a sensação estranha?

Apenas de pensar nessa hipótese, seu sorriso se desfez, como ela acabou se apaixonando por James? Por que sabia que se decepcionaria e mesmo assim se permitia ter esse tipo de sentimento?

Por que logo James Potter?

E por que James também estava se sentindo estranho? Como se flutuasse...










N/a:
- eu não posso ver 10 coisas que odeio em você e escrever ao mesmo tempo, imaginei certinho o James fazendo o mesmo que o Patrick quando ele canta.

-música que a Prim cantou para o Snape:

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐄𝐕𝐀𝐍𝐒- 𝐉𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora