Cap 12. Partida

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──⃦ꦽFogos de artifício já enfeitavam o céu, mesmo ainda antes da meia noite. Músicas de todos tipo, tocavam e pessoas dançavam animadas com a proximidade do ano novo. Mas dentre tanto festejo, as sirenes ecoava alto cobrindo o som por onde passava juntamente com a ambulância que percorria pelas ruas da cidade. Dentro da ambulância se encontrava uma mulher em lágrimas ao lado da filha desacordada sobre a maca, enquanto os paramédicos faziam de tudo para controlar o sangramento do corte que a garota tinha em seu pulso.

— Por que filha? Por que fez isso meu amor?

Senhora Kim tinha a voz embargada pelo choro, enquanto acariciavam os cabelos negros de Jisoo, que estava pálida.

— Fique calma senhora, ou irá passar mal também.

A paramédica que cuidava de Jisoo, tocou o ombro de senhora Kim que suspirou fraco, limpando a lágrima que escorreu de seus olhos. A mulher tinha razão, ela estava nervosa demais, e isso poderia a fazer passar mal, e se isso acontecer, ela não iria poder cuidar e estar com Jisoo nesse momento. Mesmo que fosse difícil, ela fazia de tudo para ficar mais tranquila.

Não conseguia entender o motivo de Jisoo ter se cortado. Quando saiu de casa a garota não estava muito bem mas, imaginou que Jennie ao chegar conseguiria animar a jovem, porém parece que a conversa delas não surtiu muito efeito.
Ela sabia que Jisoo se martirizava nesses últimos dias, por conta de Sakura em sua pulso. Ela sabia que a maldição estava prestes a se cumprir, provavelmente esse foi o motivo dela ter se cortado.

Fungou olhando para a filha com os olhos embaçados. Já havia tentado ligar para Jennie e procurar saber o que aconteceu, mas a garota estava com o celular desligado.

— Saiam da frente, saiam da frente!

Os gritos dos enfermeiros se faziam presente pelos corredores da recepção, em direção ao mais interno do hospital, assim que a ambulância chegou com Jisoo.
Senhora Kim teve que ficar na recepção mesmo implorando para ir junto com a filha, porém lá dentro não era permitido a entrada de acompanhantes, ainda mais por ela estar sendo levada direto para o centro cirúrgico.

Jisoo não estava bem, e qualquer um que a olhasse conseguia ver isso. Por mais alguns minutos de demora, com certeza sua mãe a encontraria já sem vida em casa. Mas senhora Kim ainda tinha esperança, tinha esperança de trazer sua filha de volta e passar com ela a última virada de ano. Não importava se a maldição se cumpriria em três dias, ela só queria o hoje e agora, ela só queria estar com Jisoo, com sua pequena filha que sempre a alegrou a vida, sempre foi seu pilar mais forte. Não estava pronta para deixar a filha partir, não agora.

— Deixe me ir ver como ela está. Eu quero ficar com minha pequena.

A voz da mulher saia desesperada enquanto tentava seguir em frente, porém braços fortes de um enfermeiro a impedia de seguir.

— Se acalme senhora, se entrar será pior... Jiu, traga um copo de água rápido, por favor. — O enfermeiro pediu a enfermeira que passava pela recepção. Logo a mulher concordou e correu para fazer o que foi pedido a ela. — Venha senhora, sente se um pouco aqui.

Com calma e cuidado ele ajudou senhora Kim a se sentar em um diay banco da sala de recepção do hospital. Queria que a mulher ficasse calma ou ela poderia acabar passando mal também.

O enfermeiro ficou ali ao seu lado dando conforto a mulher até ela se sentir mais tranquila.



[...]

Os procedimentos lá dentro eram demorados, e não se sabia notícia de Jisoo a um bom tempo. A mãe de Jisoo não sabia com quem contar já que a família toda morava em outra cidade e ali eram apenas ela e Jisoo.

A maldição de Sakura (Jensoo) Onde histórias criam vida. Descubra agora