A maldição de Sakura (Jensoo)

Cap 15. Encontro.

21 de janeiro
Sexta feira

──⃦ꦽO dia amanheceu chuvoso e se estendeu por toda a manhã e tarde para o desprazer de Jennie que corria em direção ao seu apartamento depois de saltar do táxi. Ela não havia levado consigo um guarda-chuva por pensar que a chuva pararia logo a tarde, mas isso não aconteceu. Deixou seu trabalho e seguiu para casa de táxi, porém para chegar até o portão de seu apartamento, precisava correr em meio a chuva forte que caia com bastante intensidade na cidade de Queenstown.

— Droga droga droga. — Jennie praguejava consigo mesma ao notar que os papéis dentro da pasta que ela carregava se molhou um pouco. — Espero que não manche.

Analisava os mesmos já debaixo da marquise do prédio. Agora estava segura e fora do alcance da chuva, porém ainda sim estava preocupada pelos papéis importantes do trabalho que haviam se molhado.

Jennie adentrou o portão e seguiu em direção ao elevador depois de cumprimentar o porteiro. Seu olhar se voltou para a caixa de correio e suspirou fundo, iria passar direto porem pensou bem e deu meia volta seguindo até sua caixa de correspondência. A cada passo que dava, Jennie fechava os olhos rezando internamente para não ter nada ali dentro.

Desde o dia em que recebeu a primeira carta, Jennie começou a receber cartas do mesmo destinatário todos os dias. Todas as cartas a convidavam para um jantar, porém ela sempre ignorava e não ia até o restaurante, e no dia seguinte recebia uma carta reclamando pela falta dela, e com um novo convite.

Jennie já começava a ficar maluca com toda aquela insistência, e até mesmo com um certo medo de ser um possível psicopata atrás dela. Já com tantas preocupações em mente, e até mesmo a tristeza que assolava a garota, mesmo que ela tentasse esconder isso dos outros, de si mesma ela não podia o fazer. E agora com mais uma preocupação em sua mente, ela ficava ainda mais irritada e chateada. Era mais um motivo para suas lágrimas noturnas aparecerem.

Jennie parou pra pensar em quem poderia ser a pessoa. Ninguém no prédio a conhecia tão bem para saber até mesmo o dia de seu aniversário. Quando chegou do trabalho, encontrou um carta juntamente com um presente desejando feliz aniversário. Ela ficou confusa, ninguém naquele país sabia que seu aniversário era dia 16 de janeiro. Pensou que poderia ser alguém do trabalho, mas depois de perguntar, todos negaram, ninguém havia mandado nenhum presente para ela. Jennie ficou ainda mais assutada com esse fato, mas decidiu ignorar, fingir que nada aconteceu naquele dia.

Puxou o ar dos pulmões antes de abrir a portinha de sua caixa de correspondência.
Seus olhos se fecharam com força tentando não ficar irritada com aquilo, porém era algo que ela não podia evitar.

— Mas que merda, outra porcaria dessa?

Jennie pegou a carta e ia rasgar a mesma, assim como havia feito com as demais nos dias anteriores, porém sua mente fez um clic e ela pensou em algo que não tinha pensado antes.
Bateu a portinha da caixa de correspondência e seguiu para o elevador, adentrou o mesmo apertou o botão para o andar, porém não era o andar de seu apartamento e sim um andar a cima.
Assim que desceu do elevador seguiu para um apartamento em específico e apertou o interfone de forma apressada e insistente por diversas vezes.

— Idiota, como não pensei nisso antes?

Jennie soltava fumaça de tanta raiva e estresse que sentia naquele momento.

— Oh merda, quem é que está tentando quebrar meu interfone? — Uma voz irritada se fez presente de dentro da casa, e logo a porta foi aberta. — O que foi... Jennie?

A suspresa do rapaz que abriu a porta foi grande, sua raiva passou e o mesmo esboçou um enorme sorriso ao perceber quem era que tocava sua campainha.