Cap 14. Carta.

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Quarta feira
5 de janeiro

──⃦ꦽDois dias haviam se passado e nada havia mudado. Jennie se encontrava dentro de seu apartamento se privando de ver a luz do dia. Em sua face era visível as marcas de expressão pelas noites mal dormidas, assim como as olheiras e olhos inchados por conta do choro.
Ela nem mesmo teve forçar para se alimentar direito.

Pensar em Jisoo era doloroso e a deixava para baixo. Ela nem mesmo pegou o celular para ligar pra mãe e perguntar se Jisoo realmente havia morrido. É claro que ela já sabia a resposta, e ela evitava ligar para não escutar o óbvio.
Jisoo não respondeu a sua mensagem, então ela já não estava mais presente.

— Por que unnie? Por que você me deixou aqui sozinha?

Sua voz saia pelos seus lábios quase inaudível, porém se tornava alta por conta do silêncio que se fazia presente no apartamento.

Jennie escutou seu celular tocar ao lado de sua cama e se negou por alguns instantes a pegar o aparelho e atender a ligação, porém sua esperança de que fosse Jisoo cresceu em um instante e a garota não pesou mais, atendeu o celular com total animação.

— Filha, graças a Deus. Eu te liguei várias vezes e você não me atendia.

Jennie escutou a voz da mãe ao outro lado da linha e suspirou fraco. Ela evitou atender a mãe algumas vezes, e outras ela nem mesmo percebeu o celular tocar de tão perdida em seus pensamentos tristes que ela estava.

— Oh, me desculpe mãe, eu... Eu acabei não escutado as ligações.

— Eu imaginei que estivesse atordoada e por isso não atendeu. Mas agora que atendeu fico mais aliviada. — A mãe dizia em um tom de alívio, pois tinha medo da filha ter feito uma besteira. — Como está se sentindo querida? Está bem?

Jennie soltou uma risada baixa e seca enquanto negava com a cabeça como se a mãe pudesse ver seus movimentos. E uma lágrima solitária rolou por sua face.

— Só uma coisa me deixaria bem agora mãe, mas ela já não existe mais.

Baixa como um sussurro a voz de Jennie saiu, porém ainda sim a mãe conseguiu escutar ao outro lado da linha. Engoliu em seco ao sentir a dor imensa nas palavras da filha.

— Eu sinto muito meu amor... Jennie não se deixe abater, siga firme okay? Muitas surpresas boas ainda virão em sua vida, tenha certeza disso. Então não desista, okay?

— Eu duvido muito mãe, duvido de verdade. Mas não se preocupe, eu vou ficar bem, ou ao menos tentarei.

A campainha se fez presente no apartamento. Jennie franziu o cenho sem saber de quem se tratava. Suspirou fundo e voltou sua atenção para a conversa com a mãe.

— Mãe, preciso ir agora. Está tudo bem por aí?

— Está sim querida! Eu diria que está melhor do que pensei que seria. — Jennie não entendeu o motivo da mãe ter dito aquilo. Apenas murchou os ombros. Ela não estava com vontade de prolongar o assunto. — Descanse filha. Me ligue para saber como você está.

A campainha mais uma vez soou dentro do apartamento. Jennie se levantou da cama e seguiu até a porta do quarto em direção ao corredor.

— Eu farei isso mãe. Te ligarei mais tarde. Eu te amo.

Jennie desligou a ligação depois de se despedir da mãe. Enfiou o aparelho no bolso do casaco de moletom e seguiu em passos arrastados até a porta. Uma rápida olhada pelo olho mágico da porta para ver quem tocava seu interfone com tanta insistência.

A maldição de Sakura (Jensoo) Onde histórias criam vida. Descubra agora