LÍVIA
Eu senti a minha cor sumir do corpo, eu senti minhas mãos gelarem, eu não conseguia piscar! Eu não conseguia nem imaginar Cauê esquecendo de mim.
Cauê: Quem é você? Por que está segurando a minha mão?
Livia: Cauê, não faz isso, por favor me diz que você não perdeu a memória.
Cauê: Cauê? Por que tá me chamando assim?
Lívia: Não! Meu Deus não! - Me levanto desesperada e chorando.
Cauê: É zoeira caralho! - O mesmo fala rindo.
Não acredito... Filho da puta!
Cauê: Tá chorando por que? Você se importa? Tem medo que eu te esqueça?
Lívia: Você está bem? - Falo desviando o assunto.
Cauê: Tomei um tiro e estou acamado no hospital! Isso responde?
Lívia: É.. foi uma pergunta idiota!
Cauê: Por que você está aqui?
Lívia: Eu acompanhei você na ambulância!
Cauê: A
Lívia: Pode voltar a descansar, vai ser melhorar ser pra você.
Cauê: Você já pode ir.
Lívia: Não, eu posso ficar aqui, pra se caso você precisar de algo.
Cauê: Eu não preciso de você.
Já era de se esperar algo do tipo, eu estava cansada de tanta humilhação, de tanta dor, eu tava cansada de perdoar todo mundo e ser tão crucificada. Eu não podia mais me esforçar o tempo todo pra ser aceita.
Lívia: Desculpa.
Cauê: Você pensa que eu te ajudei por me preocupar com você? Eu só não queria que a minha irmã sentisse mais a dor de perder ninguém, eu não queria que ela tivesse que passar por isso de novo, só isso. A Drika precisava da minha ajuda, não deixaria ela sozinha, seria mais um motivo pra pilhar a minha irmã. Eu literalmente não fui por você, não fique pensando que eu tive dó em você em algum momento. Mas fico feliz que tenha saído viva, em compensação você trouxe mais um problema!
Eu poderia falar algo... Mas não, não falei! Eu simplesmente levantei e me retirei do quarto, não, eu não contive as minhas lágrimas e sinceramente eu já estava cansada de chorar!
Sai do hospital, passei por Meg, Drika, Lídia e a mamãe. Meg tinha um olhar de arrependimento tão grande, de tristeza.
Eu não disse nada, só passei e segui andando até em casa, eu estava cansada, suja, como sempre feia e com o coração apertado. Nada podia ser feito.
Abri a porta de casa, subi as escadas e fui direto pro banheiro. Eu me olhei no espelho e vi o quanto eu tava suja, despenteada e cansada!
Liguei o chuveiro e molhei meu cabelo, achei que não tinha mais lágrimas pra chorar, mas no banho eu desabei. Sentei embaixo do chuveiro e refleti sobre tudo enquanto sentia a água cair sob meu corpo.
Será que vai ser isso pra sempre?
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O Irmão Da Minha Melhor Amiga
Roman pour AdolescentsOs opostos se atraem! Lívia Werneck é uma adolescente apaixonada por literatura e por matemática. Vive em seu próprio mundo tendo como sua única companhia sua amiga Meg. Para Lívia a única coisa que importa é seus estudos e dar orgulho a seus pais...