Family Weekend | 11

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— Hora do almoço, vou levar vocês até meu restaurante preferido. Fiz a reserva da sala. - Obito diz e Mit comemora. Eu rio dos dois que começaram uma disputa de quem conseguia andar sem pisar nas rachaduras e riscos da calçada, ambos tomando cuidado para não caírem. Eu segui normalmente meu caminho seguindo a direção que Obito ia. Chegamos os três no restaurante e fomos recebidos com muito carisma e respeito, sendo guiados até a parte isolada do restaurante onde havia uma sala.

— Virei aqui pegar seus pedidos quando chamarem. - A garçonete disse distribuindo os cardápios e saindo logo da sala. Obito aproveitou e tirou a máscara, se sentindo mais a vontade.

— O que vocês vão querer? - Pergunta ele e eu dei uma olhada no cardápio.

— Ah, eu posso comer lámen? Mit ama lámen! - Diz meu pequeno empolgado e nós rimos.

— Pode ser lámen para nós então? - Obito me olha para confirmar e eu assinto, fechando o cardápio. — Faz tempo que eu não como um.

— Mamãe fazia lámen quando eu era pequeno, Mit comia tudo!

— Ele comia três tigelas de lámen. - Obito o olhou até um pouco assustado. Eu rio com seu espanto mas logo nós três estávamos rindo.

— Como você conseguia aguentar tudo isso se você nem é gordinho?!

— Eu treinava ele então ele tinha muita fome, e mesmo assim perdia toda a gordura. - Mit assentiu, como se concordasse comigo e fica mostrando seu braço para o pai, falando que estava forte.

— Estão com fome agora? Podemos pedir.

— Sim! - Mit quase implorou. Obito voltou a máscara e chamou a garçonete através do sistema deles, Obito tinha vários privilégios.

Depois de anotar nossos pedidos e nos colocar bebidas, ela sai. Obito continua de máscara já que agora só faltava ela chegar com os pedidos. Nós tínhamos uma conversa leve e engraçada sobre os pensamentos de Mit e o que ele já fez no passado, assim como sobre o passado engraçado de Obito.

— Com licença! - Batem na porta e logo entram com as tigelas, as colocando um para cada um. — Bom apetite.

Ela sai e fecha a porta. Obito tira a máscara novamente. Começamos a comer, eu e Obito mais quietos mas Mit logo começa a falar como o tagarela que ele é, me fazendo rir com suas besteiras.

— Teve um dia que a mamãe deixou eu na casa do tio Kima e 'tava chovendo muuuito mesmo, aí eu fui dormir com o tio Kima mas eu não gostei.

— Por que? - Eu e Obito nos entreolhamos.

— Ele tinha várias fotos da mamãe no quarto e ficou falando estranho sobre eu ser filho dele. Eu fiquei com medo e fui dormir sozinho na sala com meu paninho e uma foto da mamãe que eu peguei no quarto dele. - Deu de ombros, voltando a comer. Eu tinha os olhos arregalados e Obito quase engasgou com a comida, bebendo seu suco para engolir propriamente.

— Esse cara 'tá de brincadeira com a minha cara. - Bufou ele. — Ele é um psicopata obcecado por você, você precisa ficar longe dele!

— Eu também não sabia disso, não pode me culpar por achá-lo um cara legal que me ajudou depois de estar fragilizada por ter passado por um estupro e quase ter visto meu filho morrer! - Eu digo um tanto brava mas suspiro. — Desculpa, não devia ter dito isso, não quero brigar com você.

— Me desculpe também, eu só estou com ciúmes, esse cara é realmente obcecado por você. - Diz ele amargo. — Mas não é isso que vai estragar nossa viagem em família, vamos falar sobre outras coisas ok?

— Ok! - Mit notou o clima tenso e rapidamente mudou a direção do assunto.

oOo

Já estava de noite, ficamos aqui o dia todo andando e estávamos já cheios de sacolas, Mit tinha todos os brinquedos e pelúcias que Obito podia encontrar, mimando nosso filho ao extremo. Nós já havíamos jantado e estávamos agora indo pra um hotel já que Obito disse que não queria voltar para casa ainda. Ele pegou um quarto apenas com uma cama de casal e uma cama de solteiro para dormirmos. Mit por sua vez já havia caído no sono há minutos, adormecido em meu colo; Obito foi esperto o bastante para pegar o paninho dele para que ele dormisse sozinho e tivéssemos mais privacidade.

— Ele é pesado demais para você ficar pegando ele no colo não acha? - Obito pergunta tirando a máscara e o manto, os deixando de lado.

— Não me importo muito com isso, eu gosto de ter ele nos braços, é como se ele ainda fosse um bebê. - Sorrio e sento na cama ao lado de Obito.

— Quero te dar algo. - Diz ele. — Feche os olhos.

— Ok. - Fechei os olhos e senti uma movimentação na cama, assim como senti seus dedos agora descobertos pela luva colocarem meu cabelo de lado, algo gelado em meu pescoço.

— Pode abrir. - Ele diz suave e eu olho para baixo, vendo um colar em meu pescoço com um dois anéis de prata e diamantes pesando no mesmo. — Olha no espelho. - Eu o faço, virando para o espelho do quarto. Era lindo.

— Obrigada, é tão lindo... - Digo maravilhada, segurando o colar com adoração.

— Eu estive pensando sobre algumas coisas e também me encontrei com algumas pessoas essa semana. A Aldeia da Folha lhe caça como loucos, assim como outras aldeias e já sabem onde você está, eles já capturaram Mit uma vez e nada impede que façam de novo então.. Eu queria que você viesse e fizesse parte da Akatsuki.

— Ficou louco?! Eu não posso, o Ze-...

— Eu cuido dele, ele não vai tocar um dedo em você porque o fato de você estar lá já significa que eu sei sobre você e o Mit. Você seria perfeita para nos ajudar, sua mente é brilhante, você é forte, e tem todos os requisitos para se tornar um de nós. Se você viesse e se tornasse da Akatsuki, eles teriam que enfrentar todos nós para ter acesso a você e o Mit.

— Mas onde o Mit se encaixa nessa história?

— Guruguru vai vir conosco e cuidar dele, você não precisa se preocupar. Apesar disso ninguém da Akatsuki pode saber sobre o Mit... - Eu suspiro pesadamente. — Eu sei que é um pouco de loucura mas pensa um pouco, por nós dois, pelo Mit... - Obito distribui beijos pelo meu pescoço.

— Eu vou pensar. - Levanto e percebo que não tenho como dormir com a roupa que eu estou. Eu vou ao banheiro e tiro minha calça, jaqueta e sutiã, não faz mal dormir apenas de calcinha e blusa mesmo que seja do lado dele. Eu saio do banheiro e o mesmo está sentado na cama encostado na cabeceira, sem camisa e pronto para dormir. Eu caminho até a cama e me sento ao lado dele. — Eu tenho medo do que podem fazer ao nosso filho...

— Não precisa se preocupar com isso enquanto eu estiver aqui. Vem, está tarde, vamos dormir. - Ele diz e nos deitamos.

Obito me puxa para si, minha cabeça em seu braço e seu outro braço ao redor da minha cintura, nossas pernas entrelaçadas e mantendo o calor entre nós. Obito nos cobriu e começou a distribuir beijos por todo o meu rosto, sua mão fazendo carinho na minha cintura.

— Boa noite, durma bem querida.

— Boa noite. - Digo sonolenta, bocejando e nem consegui dizer nada além disso, já caindo no sono automaticamente.








Revelações e um pouco de melação kkkk

𝗥𝗨𝗡𝗔𝗪𝗔𝗬, 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜 𝑢𝑐ℎ𝑖ℎ𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora