19 | Apenas o padrinho

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Pov Kenma:

Kuroo, me perdoe por ser fraco e não ter forças para largar tudo e ficar com você.

Me perdoe por não ser homem o suficiente para assumir que eu te amo e deixar esse casamento.

Me perdoe por magoar o teu coração e principalmente, por não ser digno do seu amor.

Levantei do sofá e deixe Kuroo dormindo, fui atrás das minhas roupas, as peças estavam espalhadas pela sala onde estávamos, eu até encontre a minha cueca em uma mesinha pendura em sua ponta.

Me vestir rapidamente, peguei um pedaço de papel que achei sobre a mesa e escrevi um bilhete para Kuroo e o deixei em baixo de um copo.

Voltei para o sofá, aonde ele dormia
tranquilamente e as lágrimas começaram a escapar dos meus olhos.

- Me perdoe, meu amor.

O cobri, e fui em direção a porta.

O salão abaixo estava um desordem, vários copos e garrafas estavam espalhados por todos os lados e o cheiro de álcool era algo forte.

Passei por entre os restos do que foi a
minha despedida de solteiro e segui em direção da porta, embora esse salão esteja desorganizado, ele não chega aos pés do estado que estáo meu coração.

Vi um táxi se aproximar, então fiz um sinal o chamando e ele parou, eu abri a porta do passageiro e entrei.

- Bom dia senhor, para onde vamos? - O
taxista perguntou, virando-se para mim.

- Bom dia, avenida Fukorodani, número 12.

O senhor concorda, vira-se para frente, e liga o carro.

Encosto a cabeça no apoio do banco e fecho os olhos, e Kuroo surge na escuridão das minhas pálpebras e novamente, minhas lágrimas começam a cair pelo meu rosto.

- O que foi que eu fiz?

- O senhor está bem? Está sentindo algo?

Abro os olhos, e vejo o taxista me olhando pelo retrovisor.

- Eu acabei de deixar o homem que eu
amo... - o senhor continua me olhando - E o pior, eu o deixei para me casar com outro, depois de passar ao seu lado a melhor noite da minha vida.

O taxista virou a cabeça para trás com os olhos arregalados.

- Uau.

Foi tudo que ele disse, e voltou a atenção para frente.

- Eu sou um perfeito idiota.

Digo olhando e olho para o teto do carro.

- Se o senhor ama tanto esse outro rapaz, por que vai se casar com outro?

Abaixo o meu olhar e olho para frente.

- Eu não posso acabar com um casamento assim, da noite para o dia, literalmente, já que me caso hoje.

O taxista freia o carro, e eu vou um pouco para frente.

O senhor se vira e me olha, agora, com uma expressăo assustada e surpresa.

- Isso é a coisa mais estranha e doida que eu já ouvi nesse trabalho, e olha que eu já vi muita coisa. Mas um rapaz que ama um, e casa com outro logo depois de passar a noite com esse um, é a primeira vez.

Tenho que confessar, até eu achei isso louco ouvindo o taxista falar.

- Eu não entendo nada de relacionamentos, menos ainda, do seu, embora não tenha nada contra, cada um ama da forma que é feliz, mas você não pode se casar porque é conveniente, e por ser, literalmente, hoje.

𝗖𝗼𝗺𝗼 (𝗻𝗮̃𝗼) 𝘀𝗮𝗹𝘃𝗮𝗿 𝘂𝗺 𝗰𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼; 𝗞𝘂𝗿𝗼𝗸𝗲𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora