hatred

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Pov's Cole Sprouse

Sai daquela sala indignado. Vou até minha sala, pego um vaso de cerâmica colorido e provavelmente muito caro, e o arremesso na parede. Dane-se quem vai arcar com os custos e quem vai limpar.

Me jogo em minha cadeira giratória, pego meu celular e entro no aplicativo de conversas para tentar me distrair. Vejo que minha mãe tinha me mandado uma mensagem, perguntando se eu ia almoçar com ela hoje, para comemorar. Respondo que não, tudo o que eu menos quero é ver a decepção dela quando descobrir que eu não fiquei com o cargo de CEO.

Que ódio do Kj. Que ódio de Lili, que afinal eu nem conheço.

Ódio.

Decidi começar meu trabalho, se eu ficasse nessa fossa o dia inteiro, a pilha de papelada que está em cima da minha mesa só iria aumentar. Começo a ler alguns papéis, assinar algumas autorizações, ver catálogos, analisar propostas e outras coisas chatas que eu sempre faço todos os dias nessa maldita empresa.

Não estava conseguindo me concentrar direito, então coloquei meus fones de ouvido, e comecei a escutar minha música favorita. Acho que a música estava alta demais, pois não escutei baterem na porta, e quando percebi, Lili estava em minha frente literalmente arrancando meus fones do meu ouvido, enfurecida.

- Pensei que você conhecesse as regras, senhor Sprouse. Aqui não é lugar para ficar escutando música, muito menos no meio do expediente - ela disse enquanto se afastava de mim e dava uma analisada em minha sala, provavelmente olhando para o vaso quebrado no chão.

- Desculpe, mas Kj não via problema nisso - falo me levantando da cadeira, e ajeito minha camisa.

- Kj não está aqui mais para deixar você fazer o que quiser.

- Tudo bem, eu já entendi. O que você quer?

- Eu poderia te demitir por falar assim comigo, mas neste momento eu preciso que você faça relatórios sobre os índices de vendas nos últimos meses. Também preciso das fichas de cada funcionário da área administrativa, das cópias dos novos catálogos e também de um calendário novo para minha mesa. Quero tudo isso até às duas da tarde - ela disse e saiu da minha sala, tranquilamente.

Ela queria que eu providenciasse tudo isso em menos de quatro horas? Ela só pode estar louca. Pelo visto não vai ser fácil trabalhar aqui a partir de agora, ela vai fazer de tudo para tornar minha vida em um inferno.

Me sento em minha cadeira novamente, e ligo meu computador para preparar os papéis que ela pediu, e de repente tenho uma idéia. Entro no Google, e pesquiso por Lili Reinhart. Vejo alguns sites falando dela, e vejo também disponível uma conta do Instagram com seu nome. Vamos lá, Lili Reinhart. Vamos ver quem você é.

Pov's Lili Reinhart

Volto para minha sala e sento em minha cadeira. Pelo visto Cole Sprouse vai ser bem difícil, mas espero que ele se mantenha em seu lugar, pois minha paciência é bem curta.

Alguém bate em minha porta, e eu permito a entrada.

- Com licença, senhorita Reinhart. Eu sou Bree Morgan, sou nova aqui. Me disseram para vir até sua sala.

- Ah sim, Kj me disse que uma nova secretária iria começar hoje. Eu só tenho que assinar seu contrato, certo?

- Sim, está aqui - a garota me entrega um papel, e eu assino.

- Pronto. Já pode começar. Vou pedir para a outra secretária te mostre como as coisas funcionam aqui. - ligo para o telefone da mesa da secretaria, que não demorou a atender.

- Senhorita Reinhart - a secretária disse ao atendendo telefone.

- Me desculpe, ainda não sei o seu nome.

- É Vanessa. A senhorita Morgan já foi até sua sala?

- Sim, liguei para isso, mostre a ela o que fazer, ela ficará em seus cuidados.

- Ok, senhorita Reinhart. Mais alguma coisa?

- Não obrigada  - desliguei o telefone - Já pode ir senhorita Morgan.

- Obrigada - Bree disse e saiu da sala.

Quando deu o horário de almoço, decidi ir para casa almoçar com Tess. Liguei para ela para saber se ela já tinha voltado para casa, mas ela não atendeu. Só depois de lugar quatro vezes ela me atendeu.

- Tess! Por que demorou para atender? - disse preocupada.

- Foi mal, Lili. É que eu tive uma queda de pressão e...
- a interrompi

- O que? Você está bem? Onde você está? Estou indo para aí agora mesmo!

- Calma Lili, tá tudo bem. Como eu disse foi só uma queda de pressão, não tem nada a ver com a fibrose. Eu estava com muito calor, e ainda por cima o ventilador da sala de aula pifou, foi por isso.

- Ah meu Deus, eu vou processar essa escola, como eles deixam um ventilador estragado numa sala de aula? Eu vou ter uma conversinha com a diretora.

- Não Lili, você não vai fazer nada. Tá tudo bem, mana. Eu já estou em casa.

- Espera aí, você não foi para casa dirigindo, né? Você pegou um Uber não foi?

- Não, Lili. Eu vim dirigindo.

- Tess!

- Lili eu tô bem! Já chega desse assunto, eu tô bem e viva. Voce vem almoçar comigo?

- Sim, estou indo para aí.

- Tabom, eu vou desligar e vou fazer o almoço.

- Nada disso! Você vai ficar com esse telefone ligado e vai ficar sentadinha na sua cama até eu chegar.

- Aff Lili! Eu tô bem, tô com meu respirador e já tomei meus remédios, não tem necessidade disso.

- Tess apenas me obedeça. Ou você não quer que eu te conte tudo o que aconteceu hoje enquanto nós falamos? Achei que você vai gostar de saber, mas você não quer, então vou desligar...

- Espera aí, senhorita Reinhart! Não desliga esse telefone! Me conta tudo! - dou uma risada, pois Tess adora fofocar e saber da vida alheia.

No caminho para casa contei tudo para Tess, que ficou brava por eu não ter contado nada sobre meu contrato na Apa's Drinks. Não demorei para chegar em meu apartamento, e quando entrei corri para abraçar Tess. Tenho muito medo que ela morra, ela é tudo o que eu tenho.

Minha mãe, Amy, morreu muito nova. Minha irmã mais velha Chloe mora do outro lado do mundo, e não nos falamos há mais de dez anos. Meu pai, ah, não tenho nada a falar dele. Tess é tudo o que eu tenho.

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THE CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora