Pov's Lili Reinhart
Quando finalmente meu turno acaba, me sinto aliviada. E era só meu primeiro dia. Eu não tinha nem analisando os papéis que pedi para Cole, aquele chato só me atrapalhou mesmo.
Entro em meu carro e dirijo até em casa. Chego e encontro Tess, que estava assistindo algum filme na televisão.
Vou direto para meu quarto, me jogando na minha enorme cama. Viro de lado, e olho para minha mesinha de cabeceira, que tinha três gavetas. Na primeira e segunda tinham coisas aleatórias, como cabos de carregadores, embalagens de chicletes e outras coisas. Mas na terceira tinha um pequeno livro, que é particularmente muito especial para mim.
Costumo olhar esse livro quase todos os dias. Mas principalmente quando estou triste, ou abalada.
Me estico para abrir a gaveta e pego o livro, que foi feito por mim. Abro e começo a passar as páginas, analisando cada foto que tinha colado ao longo dos anos.
A primeira, é uma foto da minha mãe Amy, tirada no dia do seu casamento. Ela estava deslumbrante, e sorria como se aquele fosse o melhor dia de sua vida.
As fotos seguintes eram do nascimento da Chloe, em seguida o meu e depois o da Tess. Ao ver a foto de Tess numa encubadora, me lembro de quando nos contaram para nós que Tess tinha problemas respiratórios, e quando finalmente os médicos chegaram a conclusão que era FC, ficamos desesperados. Eu fiquei mais chocada do que todo mundo. Eu tinha apenas oito anos, mas eu já amava aquela garota com todas as minhas forças.
Ela sobreviveu, mas aí minha mãe se foi. Tess nem se lembra dela, tinha apenas 3 anos quando ela morreu. As fotos seguintes do álbum são fotos de família, Chloe, Tess e eu. Fotos de férias, fotos de viagens, fotos de apresentações super vergonhosas de escola.
Fotos de Tess em um hospital.
Sorrio ao ver fotos felizes das minhas irmãs, quando pequenas éramos muito próximas. Chloe sempre foi como mãe para nós duas. Até que ela fez dezoito anos. Brigou com meu pai. Foi embora para outro país para fazer faculdade e nunca mais voltou.
Ficamos só eu e Tess. Olho a última foto em que Chloe apareceu, quando nos despedimos no aeroporto. Antes de embarcar ela me fez prometer que ia cuidar de Tess. Eu prometi.
Passei uma semana lamentando a ida de Chloe. Agora era eu, uma garota de 14 anos com uma irmã de 6 que tem fibrose cística, morando com um pai que não dá a mínima pra elas, e ainda por cima era mafioso. Sim, essa sou eu.
Mas aí eu acordei pra vida, e parei de lamentar por Chloe. Ela quis ir embora. Ela nos deixou aqui por que quis e usou a desculpa de ir para a faculdade. Ei, estamos em New York City, tem boas faculdades aqui. Decidi esquecer Chloe. Ela se esqueceu da gente.
Passo mais algumas páginas do meu livro, e encontro uma foto que Tess e eu tiramos no Natal há alguns anos atrás. Tess tinha acabado de ganhar alta do hospital após uma de suas crises da FC. Ela quase morreu. E Chloe não estava com ela. Para falar a verdade, nem eu estava com ela. Eu tinha 16 anos, naquela clássica fase de adolescente rebelde que todo mundo odeia. Menos Tess, ela continuava me amando mesmo eu sendo uma chata com ela. Um dia a galera da minha turma deu uma festa, e eu iria pular a janela para poder ir escondida.
Tess tentou me convencer de qualquer jeito a não ir, mas eu a ignorei e briguei com ela. Pulei a janela. Fui para a festa e só voltei as quatro da manhã. O que eu não sabia era que meu pai não estava em casa, foi para um viagem de emergência. Eu deixei Tess sozinha. E ela tinha implorado para que eu não fosse.
Adivinha? Ela teve uma crise no meio da noite e uma queda de pressão e desmaiou. Quando cheguei em casa, ela estava estirada no chão, já não respirava mais. Entrei em desespero. Minha sorte é que eu já tinha carteira de motorista, e consegui levar Tess para o hospital. A médica disse que se eu demorasse mais uns cinco minutos, Tess não teria resistido. Me senti a pior pessoa do mundo. Eu fui até o quarto de Tess para vê-la, e a prometi que nunca mais a deixaria sozinha e que iria cuidar dela. Duas semanas depois ela ganhou alta. Na noite de Natal. Tiramos a foto.
Fecho o livro e o guardei de volta em seu lugar quando escuto meu celular tocar. Na tela estava escrito Mendes. Atendo e levo o celular ao ouvido.
Call on
- Reinhart! Que bom que atendeu. Temos um problema - Camila diz, e fico preocupada.
- O que houve, Mendes?
- Você precisa vir para cá urgentemente! Você tem que ver isso com os próprios olhos.
- Onde você está? Na mansão? - digo enquanto me levanto da cama, pegando meu casaco e minha bolsa.
- Sim! Venha o mais rápido possível! - ela fala e ouço o som de encerramento da chamada.
Droga, ela desligou na minha cara. Ela vai ver só.
Digo a Tess que precisaria sair, ela me questiona sobre mas dou uma desculpa esfarrapada. Saio com pressa, entro em meu carro e vou até minha mansão. Não é muito longe do meu apartamento, cerca de 15 minutos. Entro rapidamente, todos os seguranças na porta dão passagem.
Pergunto a alguém onde Mendes estava, e a pessoa diz que ela e Petsch estavam no terceiro andar, na minha sala me esperando. Subo correndo até lá, e entro com tudo.
- Estou aqui. Digam logo o que aconteceu.
- Reinhart! Olhe isso! - Petsch diz e vou até ela, que me entrega um papel.
- Leia - Mendes disso e eu já estava com meus olhos grudados em cada letra daquele papel.
Cara Lili Reinhart,
Vou ser direto, não quero incomodar a chefe das TCL. Se eu fosse você tomava mais cuidado, não foi difícil descobrir quem você é.
As TCL vão cair, Lili. VOCÊ vai cair.
Apenas aguarde o momento certo.Quando terminei de ler, quase surtei. Seja lá quem tivesse mandado essa carta, essa pessoa sabe que eu sou uma TCL. Ou melhor, a chefe delas. Alguém sabe que eu sou mafiosa. Droga!
- Quem mandou isso? - digo jogando o papel na mesa.
- Não sabemos, Lili. Chegou agora pouco, não tinha remetente. Um cara veio aqui pessoalmente entregar - Petsch disse.
- Então se mandaram entregar, já sabem onde é a sede das TCL. Droga! - me joguei em minha cadeira furiosa.
- O que vamos fazer agora? Lili, você tem alguma pessoa em mente que possa ter mandado isso? - Mendes fala, e eu me lembro de Cole, de quando ele entrou em minha sala com uma ficha perfeita sobre mim. Será que foi ele que mandou essa carta?
- Eu vou pensar no assunto e ver o que vamos fazer. Petsch, mande as garotas rastrearem o cara que trouxe essa carta. Quero todas as informações possíveis. Mendes, reforce a segurança da mansão. Eu tenho que ir para casa. Vejo vocês amanhã.
Saio de minha sala, com a carta na mão. Não é possível que Cole esteja envolvido nisso. Me recuso a acreditar nisso.
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notas finaisTCL significa: The Crime Ladies, máfia que Lili "herdou" do pai, mas vcs vão entender mais pra frente
espero que estejam gostando😉
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THE CEO
FanfictionCole Sprouse é um cara jovem e trabalhador, focado em seus objetivos. Ele trabalha em uma das maiores empresas de New York City, a Apa's Drinks, uma empresa fabricante de bebidas comandada por seu melhor amigo Kj Apa. Depois de 5 anos se esforçando...